Alunos da Universidade Federal do Ceará (UFC) realizaram, nessa terça-feira (23), no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE), atividades do Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública, que tem como tema: “Violência vivida, condições de saúde e adoecimento de policiais civis do Ceará”. O projeto tem como objetivo proteger e prevenir a saúde, melhorar a qualidade de vida e dar importância à saúde física e mental das Forças de Segurança.
Orientados pela professora do curso de Fisioterapia da Faculdade de Medicina da UFC, Linda Macena, os alunos realizaram atividades de aferição arterial, glicemia, testes rápidos de Sífilis e Hepatite B e C, liberação miofascial e ventosa. além da acupuntura que foi tratada com agulhas, aroma e escalda pés. Os policiais civis do DHPP participaram da ação que trouxe leveza e relaxamento. “É uma categoria profissional exposta às pressões constantes, ao estresse e às vulnerabilidades características de suas atividades, exigindo assim a Saúde Pública um olhar diferenciado”, relata a professora.
O projeto tem apoio do Departamento de Assistência Médica e Psicossocial (Damps) da PC-CE, e visa realizar visitas em outros departamentos da PC-CE, com o objetivo de atender o máximo de profissionais da segurança. O resultado final das ações serão repassadas para a Delegacia Geral, onde serão observadas quais são as situações de riscos de adoecimentos dos servidores da PC-CE, bem como serão traçadas ações em termos de políticas públicas junto à instituição para promover melhorias e qualidade de vida dos profissionais.
Sem fins lucrativos, o projeto, que é uma pesquisa voluntária vinculada à pós-graduação em saúde coletiva junto com o departamento de fisioterapia da UFC, é realizado por alunos desde a graduação até o doutorado e com parceiros voluntários, que visa conhecer as condições de saúde, adoecimento e violência vivido pelo policial.
O projeto iniciou em 2018 e já realizou ações na Polícia Militar do Ceará (PMCE), onde cerca de 1900 militares foram avaliados. “É um estudo pioneiro no Brasil na questão de ver o policial como um todo. Só existem quatro estudos no país. A participação dos policiais é muito importante, porque é a partir do que vivem, do que só eles sabem é que vamos poder direcionar ações”, pontua a orientadora do curso de Fisioterapia.