Um bar da Mooca, na zona leste de São Paulo, parecia um cantinho de Buenos Aires. Logo na entrada, um banco com a escultura da Mafalda, a personagem contestadora do quadrinista Quino e um boneco gigante do mestre argentino do futebol: Diego Maradona.
Foi nesse lugar que vários argentinos e simpatizantes se encontraram para acompanhar o jogo da seleção azul e branco contra a Holanda. E eles não economizaram na torcida para continuar na disputa do tricampeonato mundial
E não faltou zica para torcer contra os holandeses toda vez que se aproximavam do gol argentino.
Mas não adiantou. Quando parecia que o placar de 2 a 0 garantiria a vitória, a Holanda empatou. Com uma jogada ensaiada fenomenal no último minuto do segundo tempo. Na prorrogação o sofrimento da torcida continuou e seguiu até os pênaltis. Houve até quem se ajoelhasse em frente ao boneco de Maradona para pedir proteção. E era brasileiro. O supervisor de produção Marcelo Ramos que desde 1985 adotou a seleção Argentina como time do coração.
A alegria foi tanta que Valério Pacheco se jogou no chão. Agora, o que ele espera é que a arquirrival torcida brasileira, desclassificada da copa, ajude a torcer para que a taça fique na América Latina.
Agora, os argentinos estão mais próximos do título de tricampeões e enfrentam a Croácia na próxima terça-feira no estádio de Lusail no Catar.