Com a participação de 72 nações, a Austrália foi o país escolhido para realizar os primeiros Jogos Olímpicos fora dos Estados Unidos e da Europa. A cidade de Melbourne ganhou a eleição para sediar as Olimpíadas por apenas um voto, desbancando Buenos Aires. O evento teve início em 22 de novembro de 1956, e foi marcado pela transmissão ao vivo pela televisão.
A cerimônia de abertura alcançou a capacidade máxima da arquibancada, com um público de 103 mil pessoas. A volta com a tocha olímpica ficou nas mãos do jovem corredor australiano Ron Clarke, que viria a colecionar 17 recordes mundiais durante a carreira.
Por pouco mais de duas semanas, mais de três mil atletas competiram em 145 provas. Mas, nem todas as modalidades aconteceram na Austrália naquele ano. Os cavalos do hipismo teriam que passar por uma quarentena para entrar no país. A solução encontrada foi realizar as provas de hipismo em Estocolmo, na Suécia, quatro meses antes do evento principal, no inverno europeu.
A edição dos Jogos de 1956 também foi marcada por um pacto político importante. Em tempos de Guerra Fria, as duas Alemanhas competiram na mesma equipe, com uma bandeira que levava os anéis olímpicos, e adotaram o “Hino à Alegria” da Nona Sinfonia do alemão Ludwig van Beethoven.
Quarenta e oito atletas brasileiros participaram das Olimpíadas de Melbourne. Havia apenas uma mulher na delegação: Mary Dalva Proença representou o país nos saltos ornamentais. A bandeira brasileira foi erguida apenas uma vez no pódio de Adhemar Ferreira Silva, campeão no salto triplo.
História Hoje
Redação: Beatriz Evaristo
Sonoplastia: Messias Melo
Apresentação: Mario Sartorello