Um dos nomes mais cotados para substituir Maurício Valeixo, exonerado do cargo de diretor-geral da Polícia Federal, é o chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, conforme antecipou o blog CB.Poder na manhã desta sexta-feira (24/4). O delegado tem 15 anos de atuação na PF e conheceu o presidente Jair Bolsonaro ainda durante a campanha de 2018.

Ramagem foi chefe da segurança pessoal de Bolsonaro e, ao longo dos últimos meses, ganhou cada vez mais confiança do presidente e de seus filhos que ocupam cargos eletivos. Sergio Moro, quando ocupava o Ministério da Justiça, sempre foi contra a indicação do atual chefe da Abin para o comando da PF e, nesta sexta-feira, repudiou a intenção do presidente de promover uma “interferência política” na corporação.

A demissão de Valeixo e a saída de Moro colocam a PF e o Ministério da Justiça sob tensão. Na corporação, devem ocorrer trocas simultâneas de superintendentes nos estados, além de alterações em cargos estratégicos.

No Ministério da Justiça, planos de combate à criminalidade ficam pela metade, em meio ao endurecimento das ações contra o crime organizado. Além disso, existe o crescimento de casos de coronavírus dentro de unidades prisionais, que exige articulação e esforços do governo. 

Secretário do DF

Além de Ramagem, o atual Secretário de Segurança do Distrito Federal, Anderson Torres, é um dos cotados para assumir a PF ou até mesmo o Ministério da Justiça, com a saída de Moro.

Informações do Correio Braziliense