O ano terminou com várias promoções e o outro já se inicia com os preparativos para as novas do mês de abril.
Com a “cara nova” da Instituição, em decorrência das mudanças, um novo cenário administrativo surge ao horizonte.
Nas diretorias já se percebe o “jeitinho brasileiro” para nos adequarmos a nova realidade. Em princípio as alterações se mostraram inovadoras e de grande ousadia, mas hoje já me preocupam…Se continuar do jeito que as coisas caminham, pode ocorrer um grande “inchaço” administrativo em nossa Corporação…
Deveriam aproveitar o momento para se criar novas Unidades, de preferência uma para cada Região Administrativa, para depois em um futuro breve “exigir” um novo aumento de efetivo e um novo realinhamento, mas não é isso que se vê…
Fala-se nos bastidores em dividir o que já temos! Fala-se no fim do Bope e seu “esquartejamento”…Falam-se tantas coisas que ficamos assustados. Acredito na máxima: “aonde a fumaça, há fogo”…Onde colocaremos tantos coronéis? E os Tenente-coronéis? E o restante da tropa?
A reestruturação que está ocorrendo é uma reestruturação policial ou militar?
Quando se pensa em uma polícia moderna e atuante não podemos nos prender a um único modelo. Quando se tenta criar funções para “postos”, cria-se um entrave administrativo gravíssimo. É importantíssima nossa promoção, mas é um risco quando “restringimos” nossa Instituição a elas.
Acho arriscado dividir o que já está concretizado, somente para contemplar “funções administrativas”. É necessário pensar na Corporação, em seus componentes, mas é EXTREMAMENTE necessário pensar na população!
Criar novas unidades (uma em cada Região Administrativa) seria a melhor alternativa, pois cumpriria ambas as funções…
Criar uma COE, uma Companhia de Cães ou algo similar com apenas 80 homens, somente para satisfazer “questões administrativas” é um grande risco para a Instituição!
Acredito nas mudanças e na melhoria que elas podem nos proporcionar, mas se elas forem feitas com coerência e inteligência, agora é hora de PENSARMOS, esse pensamento irá refletir nos próximos dez ou vinte anos! Está na hora de acabarmos com a máxima que existe dentro da Polícia: “FAÇA RÁPIDO E MAL FEITO! O importante é cumprir a missão!”