Às vezes, mesmo quando se procura o lado positivo em determinada situação é quase impossível achá-lo. Sempre procuro ser otimista, acreditar na mudança institucional, mas hoje no evento: Mil dias para a Copa, fiquei muito preocupado. Tudo bem que não iremos atuar diretamente no evento em 2014, seremos coadjuvantes, pois atuaremos nos “arredores” dos jogos e que outras forças, dentre elas a de segurança privada, serão os atores principais.
Em oito horas de serviço alguns pequenos detalhes foram observados. O serviço começou com a “falta do armamento” para distribuição para o efetivo de outras unidades, posteriormente ficou explícito que existia o armamento, mas haviam ordens para não entregá-lo. Duas horas depois pegamos nosso equipamento e nos deslocamos para o local do “treinamento para Copa.” Lá chegando fomos distribuídos nos postos de serviço, seis soldados, sem outros graduados, e olha que haviam vários, sem nenhuma informação sobre o evento, sobre nossa missão e sobre qual o objetivo de estarmos ali. A desorganização era perceptível.
Até agora não sei qual era o objetivo do trabalho de hoje, creio que era “operação presença”.  Ficamos entre o Tribunal de Justiça e o  Palácio do Buriti, sede do Governo local, bem distante do “evento” que iria iniciar as 21h. Na volta, na metade do caminho, uma ligação nos fez lembrar que oito policiais haviam sido “esquecidos”. Mesmo com todo congestionamento retornamos a Rodoviária e ao Eixo Monumental para pegar o restante do efetivo esquecido. Posteriormente retornamos ao ponto de origem, após várias reclamações, é claro. Dia perfeito, para um treinamento “perfeito”.
Estes são os detalhes de um “grande treinamento” para a Copa.
“… estratégia, para mim, é aprendizagem, e não planejamento. É um processo pelo qual muitas pessoas na organização – e não apenas a cúpula – aprendem o caminho para novas direções.”  Mintzberg