Você já imaginou um líder que não saiba se comunicar?
E um policial que não sabe falar? Como será que ele irá se comunicar?
Já imaginou um policial que não tem perfil de lideraça e que não sabe se comunicar trabalhando em um posto comunitário ou fazendo a gestão do sistema de polícia comunitária?
O “líder do futuro” deve ser o primeiro a zelar pela manutenção do “trânsito da informação”, impedindo que sejam instaladas “barreiras” nesse tráfego”.
Ultimamente tenho falado muito sobre liderança, pois estou lendo um livro ( O líder que faz a diferença) que tem me chamado a atenção em alguns pontos. Um deles é a analogia entre a imagem do líder do futuro como uma “espécie de vigilante rodoviário”.
Veja algumas atribuições do guarda de trânsito ou do policial do que trabalha em estradas e perceba como elas ilustram, com propriedade, o papel do líder:
O vigilante rodoviário está sempre atento ao que acontece na estrada: o líder do futuro está sempre atento ao tráfego de informações em sua organização.
O policial rodoviário é o primeiro a saber quando ocorreu algum problema que esteja bloqueando a estrada: O líder do futuro é o primeiro a identificar problemas que estejam bloqueando os canais de comunicação.
O guarda de trânsito organiza o fluxo de veículos nas ruas; o líder do futuro organiza a interação de sua equipe.
O guarda de trânsito evita que os cruzamentos sejam fechados; o líder do futuro evita que informações cruzadas gerem conflitos.
O policial rodoviário e o guarda de trânsito têm a autoridade e os recursos necessários para resolver os problemas que podem estar impedindo o fluxo dos veículos; o líder do futuro tem a autoridade e os recursos necessários para resolver os problemas que podem estar impedindo o fluxo das informações.
O policial rodoviário e o guarda de trânsito são respeitados por aqueles que usam a estrada; o líder do futuro é respeitado pelas pessoas que fazem parte de sua equipe.
Não existe comunicação efetiva sem a intervenção e mediação do líder (formal). Importante deixar claro que não basta comunicar. É preciso considerar a importância da qualidade dessa comunicação, pois é isso que determinará sua eficácia. Nesse livro, ao ler uma entrevista de um analista de Comunicação, Márcio Gonçalves, percebi algumas de nossas falhas na PMDF. Veja o que ele escreveu:
O maior desafio das organizações modernas tem sido fazer com que a comunicação interna seja de qualidade. Para que isto aconteça, todos os funcionários devem estar dispostos a contribuir. Mas nem sempre é possível que a comunicação seja eficiente porque o grande vilão, o SUJEITO INDETERMINADO, aquele que ninguém sabe quem foi que falou, impede a qualidade deste processo. Muitas organizações criam em seus ambientes este clima do “DISSERAM PARA FAZER ASSIM” e acabam por permitir que ruídos e fofocas acontençam. Essa falha na comunicação interna resulta em execução de tarefas erradas ou até mesmo desligamentos sem fundamento. Não se pode deixar que o sujeito indeterminado tome conta do ambiente. Tem que se dar nome aos bois. Se alguém chegar para você e disser para fazer deste jeito, acredite, sim, somente se ele for o seu chefe ou se naquele momento quem estiver no comando esteja assumindo o papel dele. (…)