O Distrito Federal é reconhecido como celeiro de campeões em diversas categorias esportivas, do triatlo às artes marciais. Entretanto, na maioria dos casos, a história de sucesso dos nossos atletas decorrem de sacrifícios pessoais e da aplicação de recursos próprios, ou menos frequentemente oriundos da iniciativa privada, com pouco ou nenhum apoio sistemático dos órgãos governamentais. O que esperar de uma criança que brinca no chão empoeirado da QNR 03 em Ceilândia e em tantas outras cidades carentes do DF? O Governo Rodrigo Rollemberg esteve lá hoje plantando árvores. Queremos que plante cidadania em um futuro breve.
É notória a falta de uma política consistente de incetivo ao esporte, em todas as suas dimensões. Avançou-se pouco nos últimos anos, por exemplo, nas ações relacionadas ao uso de atividades esportivas em iniciativas voltadas para a inclusão social e para o fortalecimento da cidadania. Alguns poderiam me dar como exemplo as vilas olímpicas, chamadas no último governo de Centros Olímpicos. Não estão abandonados? Hoje passei próximo a Vila Olímpica do P. Norte, uma vergonha. Lixo e mato para todos os lados. Parece até abandonada. Por que não podem ser utilizadas como “Escolas Parques”, fortalecendo o ensino em tempo integral, uma ideia de Anísio Teixeira?
Optou-se pela construção de estruturas que não têm sido aproveitadas a contento, e pelo abandono de complexos esportivos instalados, sem a efetiva participação da comunidade na definição de prioridades. Falta nos últimos governos, devido a carência de profissionais, pessoas capacitadas para a implantação de programas governamentais que, por meio do esporte e do lazer de qualidade, incentivem a adoção de hábitos saudáveis e, ao mesmo tempo, promovam o fortalecimento da cidadania e o protagonismo social.
Para mudar o setor, é essencial pensar o esporte e o lazer no conjunto das ações governamentais, integrando-os ás demais políticas setoriais e aproveitando seu potencial agregador e de mobilização da infância, como a foto acima nos mostra, da juventude e dos idosos. O esporte, neste governo, deve ser todos os dias e toda hora. Podem ser realizados trabalhos voltados ao esporte nas quadras poliesportivas distribuídas nas cidades, nas escolas, faculdades, quartéis de bombeiro e polícia, delegacias e vilas olímpicas em uma simbiose perfeita, é possível realizar parcerias com instituições de diversos setores. Precisamos retomar as praças esportivas, hoje ocupadas por marginais em decorrência do abandono, visando a redução da criminalidade. O que sonhamos é o exercício da cidadania plena pelas camadas mais carentes da sociedade! Vamos plantar está árvore. Vamos plantar está ideia. Ela crescerá e seu fruto será conhecido como CIDADÃO CONSCIENTE!
Por: Aderivaldo Cardoso