Sempre ouço algumas pessoas dizerem: ética é obrigação, não mérito. Já que é obrigação, então por que a maioria esmagadora dos políticos não a tem? E por que é mais cobrado aquele que carrega a bandeira da ética do que outros que apresentam vários projetos parlamentares, mas que não tem um pingo de índole? Tais questionamentos podem ser feitos para os críticos do senador José Antônio Reguffe (PDT-DF).
Em primeiro lugar, o número de projetos apresentados por um parlamentar não significa que se converterá em total benefício para a população. Como todos sabem, o Brasil é um país onde a corrupção e a burocracia são mais fortes do que a ética e a eficiência. De quê adianta um parlamentar, por mais que tenha boas intenções, apresentar um catatau de proposições que, caso sejam aprovadas, não se converterão em benefícios integrais ao povo? O sistema burocrático e corrupto não deixa.
Existem vários projetos importantes no Congresso Nacional que estão se arrastando por anos, sem aprovação por parte dos deputados e senadores, sabem por quê? Mexem com o velho e arcaico sistema que privilegia apenas os poderosos, além de servirem como objetos de barganha do Legislativo para com o Executivo.
O senador Reguffe está de férias, descansando, após uma eleição bastante conturbada, onde tentaram de todas as formas destruir a sua reputação. Reguffe é senador, não governador do Distrito Federal. E não é que estão questionando no meio político o porquê de Reguffe ainda não ter se manifestado sobre as últimas decisões do GDF? O senador nem tomou posse e já é cobrado duramente como se estivesse faltando com o seu papel, mas quem cobra não são os eleitores de Reguffe, que são maioria. A cobrança parte daqueles que foram derrotados nas urnas.
A histérica busca para se descobrir alguma falha de Reguffe denota a falta de pauta e compromisso de seus adversários com a cidade. Eles estão preocupados com o DF? Não. A preocupação deles é em retirar de cena um político que, hoje, tem lugar garantido em qualquer eleição que disputar.
Este blog não deixará de apontar possíveis falhas que o senador Reguffe vier a cometer durante o exercício de seu mandato, como, também, não poupará aqueles que usam de artifícios sórdidos e enganosos para macular uma carreira política que até agora vem sendo pautada pela ética e decência.
Por Fred Lima