Durante dezesseis anos na PM nunca sofri nenhuma punição, nem durante o curso, nunca tomei nem o famoso “FO”. Particularmente, me considero um policial padrão, meu apelido no curso era “adevibraldo”, devido a minha vibração. Sempre procurei cumprir meu papel na Corporação. Quem olha minha ficha verá a quantidade de elogios e os lugares por onde passei. Tenho certeza que não sou o melhor, mas também não sou o pior, mas desde o início de 2014 minha vida mudou. A partir do momento que decidi ser candidato começaram as perseguições, o assédio moral e a criminalização de minha pessoa. Para isso, várias sindicâncias e IPM´s foram abertos, por causa de minhas publicações que já eram feitas desde 2008 e que só em 2014 começaram a “incomodar”. Sempre denunciei aqui no blog tais tentativas.

Ontem foi dia de sentar no “banco dos réus”. Nunca tinha passado por isso. Minha família estava super apreensiva, eu confesso que eu também, particularmente não confio na justiça dos homens, talvez por já ter sido “injustiçado” e por sofrer perseguições constantemente, já não acredito na “imparcialidade” das ações em nosso meio, até porque tenho provas de que não são “imparciais” comigo. Minha mãe não entendia como o filho tornou “bandido”, sendo policial, para ela quem é julgado é bandido. Minha esposa não entende como eu sendo policial, estava sendo acusado de publicação indevida, incitação e descumprimento de ordem, por postagens no blog, a pergunta dela é: por que fez isso? para com isso? por que não se cala? Confesso que também tenho feito as mesmas perguntas.

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Apesar de tudo que passei, estou feliz, pois comprovamos em todos os IPM´s que em NENHUM deles haviam fundamentos para o que me imputavam. Até mesmo o IPM em que fui indiciado, segundo o próprio promotor na auditoria, que foi acompanhado por todos os juízes, concordou que não havia os crimes militares impostos a mim.

Estas denúncias sem fundamentos precisam parar. Elas dão trabalho, desestabilizam, causam gastos. As autoridades que irresponsavelmente fazem isso deveriam ser responsabilizadas e pagar por isso. Esta será minha luta a partir de agora. Ainda tenho duas sindicâncias para anular, pois estão eivadas de vícios.  Anular e depois responsabilizar aqueles que me perseguem. Em alguns momentos até cópia dos autos me foram negadas, não por uma vez, mas por várias, tenho cópias dos requerimentos. Mas isso é para outra história…

Deus é bom, fiel, justo e perfeito. Agradeço a Ele pelas pessoas que colocou em minha vida. Agradeço ao meu advogado Dr. Víctor Minervino Quintiere pela brilhante defesa e absolvição. Ao amigo Dr Bruno Espiñeira Lemos pela amizade e apoio incondicional, minha esposa Adriana Lins por me suportar em todos os momentos e meu amigo Silvio Filippi pela força e comparecimento na audiência. Quem precisar de um advogado jovem e competente o Dr Victor é um bom nome! 

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TERMO DE AUDIÊNCIA

Aos 24 dias do mês de fevereiro de 2016, nesta cidade de Brasília/DF, na sede da Auditoria Militar, pelo Juiz Auditor foi declarado aberta a sessão, passando à apreciação do processo a seguir referenciado:
Processo nº. 2014.01.1.069509-4 – Acusado: ADERIVALDO MARTINS CARDOSO. Feito o pregão às 14h, presente o Conselho, o Ministério Público e o acusado, acompanhado de seu advogado, Dr. Victor Minervino Quintiere, OAB/DF 43144. Aberta a audiência de julgamento que se realizou nos termos do art. 431 e seguintes do CPPM, procederam-se aos debates orais, primeiro o Ministério Público, em seguida a Defesa. Não houve réplica. Colhidos os votos do Colegiado, o Conselho de Justiça julgou, por unanimidade, improcedente a pretensão punitiva deduzida na denúncia para o fim de absolver ADERIVALDO MARTINS CARDOSO, com fulcro no artigo 439, alínea “e”, do Código de Processo Penal Militar. Ficando vencidos, quanto ao fundamento da absolvição, o Juiz Auditor e o Juiz Militar Major Eduardo Silva, que o fizeram com fundamento na alínea “b”. Sentença lida e publicada em audiência. Intimados os presentes.” Nada mais havendo, vai o presente termo devidamente assinado. Eu Maíla Santana, o digitei e subscrevo.

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