As eleições municipais de ontem deram um recado nas urnas. O encolhimento do PT em 59,4% nos municípios mostra que a “esquerda” e o Partido dos Trabalhadores esgotou-se em si mesma. Os escândalos de corrupção foram cruciais neste processo.
O interessante é que mesmo tendo caminhado com o PT nos últimos anos, o PMDB, continua hegemônico nos municípios. o Crescimento de 1,2% demonstra que a crise e os escândalos de corrupção não influenciaram no desempenho do partido.
Mas sem dúvidas, o grande vitorioso é o PSDB com o aumento de 15,3% na quantidade de prefeituras, nem entraremos no mérito, quantidade de vereadores eleitos nas principais cidades. São Paulo, foi o grande exemplo com a vitória do candidato do PSDB no primeiro turno contra o candidato do PT.
O PSD também cresce 8,5%, o PP cresceu 4,2%, o PSB diminuiu 5,1%, o PDT cresceu 9,9%, o PR cresceu 7,3%, o DEM segue o caminho de alguns anos, pois reduziu 4,0%, o PTB diminuiu 12,4%, o PPS também diminuiu 3,3%, enquanto o PRB cresceu 31,6%, demonstrando a força da igreja universal, o PV cresceu 1%, o PTC cresceu 78,4% e o PHS cresceu 64,5%. PTN, PHS e PRB são os partidos com o maior aumento em relação às últimas eleições
No entorno praticamente todos os partidos que elegeram prefeitos estão em uma tendência de Centro Direita, incluindo um candidato do PSB, em Padre Bernardo, que esteve mais próximo do PSDB do que dos partidos de esquerda e outro candidato eleito pelo PPS em Alexânia.
Esta análise é importante para as projeções para as candidaturas em 2018 no DF. Temos uma forte tendência de migração de um discurso de centro esquerda para um discurso mais centro direita. As cláusulas de barreira também influenciarão bastante nas configurações partidárias.