Goiânia/GO – A Polícia Federal deflagrou hoje (19/8) a Operação A Posteriori, visando combater o recebimento ilícito de valores por parte de servidores públicos federais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), para não fiscalizarem o processamento de produtos de origem animal. Cerca de 12 policiais federais cumprem 2 mandados judiciais de busca e apreensão, expedidos pela 11ª Vara Federal Criminal, nas cidades de Goiânia/GO e Palmeiras de Goiás/GO.
A investigação teve início em julho de 2018, através de denúncia encaminhada ao MAPA noticiando suposta atividade criminosa envolvendo servidores públicos agropecuários e um frigorífico da cidade de Palmeiras de Goiás/GO. Também foi apurado que auditores fiscais emitiam certificados sanitários “a posteriori” (razão do nome da operação), com data retroativa, sugerindo a falta de fiscalização “in loco” dos produtos de origem animal comercializados.
Levantamentos patrimoniais apontaram para uma evolução patrimonial supostamente incompatível com os rendimentos do servidor público do MAPA, com a possível simulação de resultados a justificar os acréscimos da variação patrimonial.
Constatou-se depósitos mensais suspeitos, que variavam de 5 mil a 10 mil reais entre os anos de 2018 a 2019. Tais valores representaram quase 50% da remuneração do cargo de Auditor Agropecuário do MAPA para o período.
Os investigados poderão responder por associação criminosa, corrupção ativa e passiva, além de lavagem de dinheiro, podendo pegar mais de 10 anos de prisão.
***Será realizada coletiva de imprensa, às 10h, no auditório da Superintendência Regional da Polícia Federal em Goiás.
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