Num dia de alívio global após as turbulências de ontem (28), a bolsa de valores subiu e recuperou parte das perdas da véspera. O dólar oscilou bastante, alternando altas e baixas, mas fechou praticamente estável, com leve alta, em contraste com outras moedas de países emergentes, que se desvalorizaram mais.
O índice Ibovespa, da B3, fechou esta quarta-feira (29) aos 111.107 pontos, com alta de 0,89%. O indicador operou em alta durante todo o dia, influenciado pela recuperação no preço de algumas commodities (bens primários com cotação internacional), o que beneficiou ações de exportadoras de petróleo e de minérios.
No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou o dia vendido a R$ 5,43, com leve alta de 0,11%. A moeda norte-americana ficou praticamente estável ante o real, enquanto subiu em relação às divisas de outros países emergentes, como o peso mexicano, a lira turca e o rand sul-africano.
No mercado internacional, os juros dos títulos do Tesouro norte-americano, considerados os investimentos mais seguros do planeta, caíram nesta quarta-feira após terem disparado ontem (29). Declarações de um dos presidentes regionais do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) de que os juros básicos da maior economia do planeta só aumentarão no fim de 2022 ou início de 2023 trouxeram alívio aos investidores.
Na China, o fato de a incorporadora imobiliária Evergrande ter vendido a participação em um banco e captado US$ 1,55 bilhão para honrar dívidas amenizou temporariamente os temores de novos calotes. Na Europa, a melhoria da confiança na economia da zona do euro subiu em setembro, após cair em agosto, animando ainda mais os investidores.
Dados econômicos brasileiros também contribuíram para diminuir o pessimismo no mercado financeiro. A divulgação de que o Brasil criou 372 mil postos de trabalho formais em agosto e de que União, estados e municípios registraram superávit primário de R$ 16,7 bilhões no mês passado, resultado recorde para o mês, foram bem recebidos pelos analistas financeiros.
* Com informações da Reuters