A carreira de policial está entre as mais concorridas no serviço público. Milhares de brasilienses sonham com uma vaga na segurança pública, já que a capital oferece a maior remuneração para a categoria em todo o país. O professor Leandro Antunes, coordenador dos cursos da PMDF do IMP Concursos, explica que, além do atrativo salarial, a dinâmica da atividade e o fato de os policiais terem maior aceitação social são outros fatores que atraem os alunos.
O último concurso para Oficiais da Polícia Militar do Distrito Federal, realizado neste ano, ofereceu 50 vagas, além das 150 destinadas ao cadastro reserva. Na lista dos 10 primeiros colocados, cinco são alunos do preparatório em que Leandro atua. No total, 83 aprovados passaram pela instituição, inclusive o que alcançou o primeiro lugar do certame.
O Site Metrópoles quis saber como eles chegaram lá e trouxe a história de três aprovados que estão entre os 10 primeiros colocados da última prova de CFO da PMDF 2017 e nós do do Policiamento Inteligente reproduzimos aqui. Confira:
Ricardo Lemes Lessa tem 31 anos e ficou em primeiro lugar na prova objetiva para CFO/PMDF 2017. Ele explica que, após sua aprovação no concurso para soldado da PMDF, em 2009, teve condições para se dedicar a uma segunda faculdade. “Apesar das dificuldades em ser policial, o DF é um dos melhores locais do Brasil para exercer a carreira”, opina.
Para alcançar a aprovação, Ricardo explica que estabeleceu uma meta de pelo menos quatro horas por dia, com descanso no domingo. “Na reta final aumentei para seis horas, cortei algumas atividades e serviços extras, fiquei um bom tempo sem ir ao cinema ou assistir um filme na TV com minha esposa. Sempre fui muito grudado com meus filhos, mas tive que ficar pouco tempo com eles nesse período”, lembra.
Porém, ele afirma que valeu a pena, pois anteriormente havia reprovado quatro vezes em outras provas. Para os que buscam um concurso público, mas não têm disciplina para estudar sozinho, Ricardo aconselha um curso preparatório. Já aqueles que contam com uma base consolidada, sugere realizar ao menos um curso de exercícios após o lançamento do edital. Para finalizar, lembra que fez mais de 20 mil exercícios e passou nove meses sem usar nenhum tipo de rede social. E uma curiosidade: ele estudava ouvindo música clássica. “Vai que influenciou de alguma forma”, brinca.
Outro caso de sucesso é o de Charlisom Marques, que obteve o 8º lugar na prova objetiva do concurso. Desde que começou os estudos, focou na área de segurança. Entre 2012 e 2013, estudou cerca de sete meses, obtendo aprovações no Tribunal Superior do Trabalho, para segurança judiciário, e para soldado da PMGO e soldado da PMDF, cargo que exerce atualmente.
Porém, para ser aprovado na prova do DF estudou durante um ano seguido. Para ele, passar em concursos públicos sempre será difícil e exige renúncia de várias coisas. “Certamente frequentar um curso preparatório foi o que me ajudou bastante. Além de conhecer nossos concorrentes, o que cria um ótimo clima, aprendemos dicas essenciais de especialistas no assunto”, afirma.
Uma curiosidade relatada por Charlisom é que durante o período de estudos ele passou a ter uma alimentação mais saudável, incluindo óleo de peixe na sua dieta, além de atividades físicas, como corridas três vezes por semana. Ele aponta ainda que seu maior diferencial foi começar a se preparar muito antes do edital. “Além disso, sempre revisar as matérias foi de suma importância para aprender o máximo possível”, finaliza.
O nono colocado na prova de CFO/PMDF, Leonardo Moraes, tem 29 anos, e há 12 estuda para concursos públicos. “Prestei o primeiro concurso para escriturário do BRB em 2005. De lá para cá, tentei outras áreas e instituições diversas”, lembra. “Nos primeiros anos, não foquei em uma área específica. Se a oportunidade era boa, eu me inscrevia. Em 2009, saiu o edital para o Curso de Formação de Praças da PMDF. Fui aprovado nesse concurso e desde então direcionei os estudos para a carreira policial”.
Sobre os métodos de estudos, ele lembra que teve assessoramento por meio de consultoria, onde obteve um programa personalizado e com acompanhamento. O período da tarde era reservado para a leitura do conteúdo, revisões e exercícios, além de simulados periódicos. Durante a noite e fins de semana, frequentava as aulas do preparatório. “O edital era extenso e levou um tempo até estabelecer um ritmo de estudo. Após determinado ponto já estava adaptado à nova rotina. Conforme ia avançando na matéria ficava mais motivado. Tive que conciliar as escalas de serviços com os estudos para superar obstáculos no caminho. Foi cansativo, mas consegui manter o foco”, afirma.
Para finalizar, Leonardo lembra que a motivação tem de ser reforçada dia após dia para se manter focado, firme e forte na luta pela vaga. “É acreditar que a aprovação está ao alcance e que, se você cumprir a meta, o objetivo será alcançado”.
Fonte: Metrópoles