A Policia Militar prendeu, na noite deste sábado (9), no Gama, o policial acusado de matar o vizinho após discussão em grupo do WhatsApp, na última quinta (7), em Samambaia. Ele é da reserva da PM e está sob custódia na corregedoria da corporação.
Segundo testemunhas, ao chegar na casa da vítima, o policial foi recebido com um soco no rosto e caiu. Conforme a Polícia Militar, após sua prisão, na queda, acabou quebrando o braço. Ele deve passar por um procedimento cirúrgico e, em seguida, será encaminhado ao presídio militar, conhecido como “Papudinha”.

No fim da tarde dessa sexta (8), a Justiça do DF decretou a prisão preventiva do PM. A decisão judicial ocorreu logo depois de indeferir o pedido feito pela Polícia Civil, por não considerar urgente.

A vítima, Adilson Santana, 36 anos, foi alvejada à queima-roupa, no tórax. A confusão, que acabou de forma trágica, foi iniciada em um grupo de moradores do condomínio Portal do Sol, quando o militar reclamou de uma sujeira em sua janela, atribuindo-a a Adilson. “Ô, sem noção que mora no 1803-A, quando escovar seus dentes, vê se não cospe a meleca na casa dos outros. Eu moro aqui no 1703-A, e vi essa sujeira que cuspiram lá de cima”, escreveu o militar no grupo.
Adilson respondeu as acusações questionando se o vizinho estava ficando “maluco” e pedindo respeito. “Me respeite, que educação eu tenho. Não vou escovar porra de dente em varanda”, revidou. Na sequência, segundo testemunhas, o militar foi até a casa de Adilson, onde foi recebido com um soco. O aposentado caiu e sacou a arma, atingindo o homem com os disparos.
Uma briga desnecessária que poderia ter outro desfecho. Segundo a síndica, no local ocorre a presença de pombos, que pode ter causado a sujeira. A esposa do policial militar diz que ele está passando por problemas de saúde grave e isso o tem deixado estressado. A Polícia Militar informou que o graduado foi para reserva por tempo de serviço, mas que realmente o militar está passando por acompanhamento médico para tratar de “doença grave”.
Com informações do Jornal de Brasília.