As fardas das forças de segurança do Distrito Federal estamparão os santinhos eleitorais até outubro de 2018. Integrantes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros articulam estratégias para ingressar nos quadros da política. Recente pesquisa do Instituto Exata OP testou a aceitabilidade interna de 18 nomes para a Câmara dos Deputados e 29 para a Legislativa (CLDF).
Os preferidos dos entrevistados para representá-los em nível federal, de acordo com o levantamento, foram o sargento Will Gody (13,2%); Ricardo Pato (6%); e major Cruz (4,7%). Para a Casa distrital, ocupam as primeiras opções na intenção de voto o administrador do Park Way, Candangolândia e Núcleo Bandeirante, Roosevelt Vilela (13,2%); tenente Renilson (8,2%); e sargento Tomaz (6,8%).
O Fórum das Entidades Representativas dos Policiais e Bombeiros Militares do DF encomendou a pesquisa. A Associação dos Oficiais da Reserva Remunerada e Reformados da PMDF e CBMDF (Assor) é uma das entusiastas da articulação política dos militares.
Coronel da reserva da Polícia Militar, o deputado federal Alberto Fraga (DEM) é o único atual representante de praças e oficiais brasilienses com mandato. Os que chegaram mais próximos do Legislativo foram o guarda Jânio, o subtenente João Hermeto e Roosevelt, que alcançaram a 1º suplência na CLDF com 14.939, 9.664 e 8.957 votos, respectivamente, nas eleições de 2014. Em 2018, eles prometem tentar novamente uma vaga na Casa.
Segundo o presidente da Assor, Wellington Corsino, a entidade, junto com outras instituições de representação das categorias, estuda estratégias para eleger mais policiais e bombeiros neste ano. A meta, de acordo com ele, é angariar votos suficientes para garantir uma cadeira na Câmara dos Deputados e ao menos duas na Câmara Legislativa.
Juntas, as corporações têm 28.349 profissionais. Na PMDF, são 11.300 policiais na ativa e 7.038 inativos e, no CBMDF, 5.510 estão trabalhando e 4.501 se aposentaram.
A regra de filiação até 7 de abril não vale para militares, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Aqueles na ativa com mais de 10 anos de serviço que não tenham cargo no comando da corporação deverão ser escolhidos em convenção partidária e, a partir de então, são considerados filiados. Se forem eleitos, passam para a inatividade. Caso estejam trabalhando há menos de 10 anos, devem ser transferidos para a inatividade após escolhidos pela agremiação.
E a PCDF?
A Polícia Civil do Distrito Federal também está no páreo. O Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF) estima que haverá pelo menos 15 membros da instituição nas urnas — 10 para a CLDF; três para a Câmara dos Deputados e dois para o Palácio do Buriti.
Entre os postulantes à CLDF, estão os agentes Tabanez (Pros), Léo Moura (PSC) e a delegada Jane Klébia. Para federal, é pré-candidato o ex-presidente da Associação Geral dos Policiais Civis do Distrito Federal (Agepol-DF), Francisco de Sousa (sem partido), conhecido como De Sousa. Ainda devem disputar o pleito os delegados Miguel Lucena, Mauro Cezar e Fernando Fernandes.
Atualmente, são representantes da instituição os agentes e deputados distritais Cláudio Abrantes (sem partido) e Wellington Luiz (MDB); e o delegado aposentado e deputado federal Laerte Bessa (PR). Os três têm intenção de disputar a reeleição.