Oficial da PM investigado após morte de subordinada assume nova chefia

Tenente-coronel Márcio Barbosa da Silva estava afastado até essa quinta (19/4), quando foi nomeado para a Seção de Recrutamento e Seleção

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Uma edição extra do Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) dessa quinta-feira (19/4) trouxe a nomeação do tenente-coronel Márcio Barbosa da Silva. O oficial estava afastado das funções de comando devido a uma investigação que apura se ele teria induzido uma subordinada ao suicídio.
Agora, o militar assume a chefia da Seção de Recrutamento e Seleção. Por ele, passarão todos os novos policiais que ingressarem na corporação.
De acordo com PMs ouvidos pelo Metrópoles, a tenente que tirou a própria vida, no Guará, não teria sido a única militar alvo de assédio moral por parte de Márcio Barbosa da Silva. Mais três oficiais subordinadas a ele foram afastadas recentemente em virtude de problemas psicológicos. A reportagem preservou os nomes e os detalhes dos casos, em respeito às vítimas e aos parentes.
Reprodução/DODF
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Outras denúncias foram enviadas à Promotoria de Justiça Militar do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e estão em fase de apuração. O tenente-coronel era subcomandante administrativo nas regiões do Guará, Estrutural, Lago Sul e Setor de Indústria e Abastecimento (SIA).
O afastamento de Silva se deu a pedido do encarregado do Inquérito Policial Militar (IPM), em trâmite no Departamento de Controle e Correição. Quando a primeira reportagem foi publicada, a PMDF confirmou a decisão e ressaltou que afastar chefes em casos de suicídios de subordinados era procedimento “rotineiro”.
“O referido oficial não está preso. Ele foi afastado provisoriamente das funções, enquanto perdurarem as investigações. A instituição não poderá se manifestar com mais detalhes, para preservar o sigilo das apurações“, informou a corporação em nota.
Procurada novamente nesta sexta (20) para explicar detalhes da nomeação de Silva e se as diligências foram concluídas, a PMDF informou que “a apuração está em andamento”. Segundo a corporação, “o tenente-coronel foi retirado de funções operacionais e transferido para uma administrativa, conforme determinação judicial”.
Sobre as denúncias, o tenente-coronel Silva afirmou não poder comentar apurações em segredo de Justiça, mas ressaltou “trabalhar segundo a legislação” e que “os subordinados precisam apenas cumprir o ordenamento”.
Fonte: Portal Metrópoles
*Por Giuliana Brilhante