Dois homens que vestiam falsos uniformes da Polícia Civil do Distrito Federal invadiram um apartamento por volta das 14h desta terça-feira (8/5), no Bloco A da SQN 311, e levaram pelo menos R$ 500 mil em joias, além de dinheiro. Eles se identificaram como agentes e apresentaram um mandado de busca e apreensão falso ao porteiro.
O funcionário do bloco autorizou a entrada dos suspeitos e, na porta do apartamento, acabou rendido pelos dois assaltantes. Em seguida, eles o trancaram dentro do banheiro e fizeram um “limpa” no imóvel.

Os dois homens saíram com uma mochila, garrafas de bebidas e uma maleta. Policiais militares do 3º BPM foram acionados e compareceram ao local, mas os suspeitos já haviam fugido. Até o momento, a polícia não localizou os dois suspeitos.
O caso é investigado pela 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte) e foi registrado como roubo com restrição de liberdade da vítima. Segundo a PCDF, os acusados portavam arma de fogo. A ação teria durado cerca de 50 minutos. A corporação confirmou que foram levados diversos objetos de luxo, entre eles, pulseiras e relógio de alto valor.
Imagens do circuito interno de segurança do prédio divulgadas pela PM mostram o momento em que os dois homens chegam ao edifício e conversam com o porteiro. Um deles tem um papel em mãos, que seria o mandado judicial falso. O funcionário pergunta para quem é endereçado o documento e o rapaz diz que vai consultar o nome. Saca o celular do bolso para supostamente pedir a informação. Em seguida, faz o trabalhador subir ao apartamento.
A dona do imóvel invadido é uma senhora de 79 anos pensionista do Exército. Ela mora com o filho. Contou que ambos não estavam em casa no momento do assalto. Mas, quando chegou, percebeu algo estranho, especialmente porque a porta não fechava direito. Havia sido arrombada pelos bandidos.
Logo em seguida, ela teria recebido uma ligação do filho para que deixasse o local, pois tinham sido vítimas de um roubo. Conta também que os assaltantes levaram todas as joias feitas exclusivamente para ela e calcula que o seu prejuízo ultrapasse R$ 500 mil. Os quartos de ambos os moradores foram completamente revirados. Os suspeitos teriam carregado ainda relógios e dinheiro.
Os bandidos usaram, provavelmente, um pé-de-cabra para arrombar a porta do apartamento, localizado no segundo andar. Antes, porém, eles foram até o Bloco B da 311 Norte e mostraram o falso mandado judicial para o porteiro desse edifício.
Como o funcionário disse que não havia ninguém com o nome indicado no prédio, os homens seguiram para o Bloco A. Lá, foram autorizados a entrar porque apresentaram o falso mandado em nome de Antônio Carlos. Ele era filho da idosa e faleceu há seis meses.
“Crime premeditado”
O filho da idosa conversou com o Metrópoles na saída da delegacia. Sob a condição de não ser identificado, disse acreditar que os bandidos premeditaram o crime. “Eles foram direito no armário da minha mãe e no meu quarto e nos objetos de maior valor de mercado”, ressaltou. As joias levadas não estavam guardadas em cofre, segundo ele.
O homem disse ainda que os dois criminosos levaram pelo menos 20 relógios de luxo dele, avaliados em R$ 150 mil. Entre eles, alguns da marca Rolex. O porteiro também conversou com a reportagem. Relatou ter sido rendido na chegada do apartamento. “Um dele levantou a camisa e mostrou a arma e disse para eu ficar com a cabeça abaixada. Em seguida, me colocaram no banheiro”, afirmou.
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Fonte: Portal Metrópoles