Os casos de racismo na Libertadores contra times brasileiros têm revoltado torcedores e clubes. O caso mais recente aconteceu no jogo entre Flamengo e Universidad Católica, em Santiago, no Chile, nessa quinta-feira (28). Torcedores do time chileno foram flagrados fazendo gestos racistas e jogando pedras, garrafas e até sinalizadores contra os brasileiros.
O Flamengo reclamou do caso nas redes sociais e cobrou medidas severas. O Universidad Católica pediu que torcedores denunciem anonimamente as pessoas que fizeram as provocações.
Palmeiras, Fortaleza, Corinthians e Bragantino também viram a torcida adversária fazer ofensas racistas.
A falta de uma posição e de medidas mais firmes da Conmebol, que organiza o futebol sul-americano, contra essas situações é motivo de reclamação. O reitor da Universidade Zumbi dos Palmares, José Vicente, diz que a Conmebol reproduz a atitude de outras entidades do futebol, como a Fifa. Para ele, falta rigor na punição dos culpados.
O Bragantino informou que apresentou denúncia à Conmebol para que as ações no jogo com o Estudiantes sejam investigadas. O Palmeiras cobrou na internet providências para o caso ocorrido contra o Emelec, no Equador.
No caso do Corinthians, o torcedor do Boca Juniors que imitou um macaco chegou a ser detido, mas foi solto após pagar fiança. Já o torcedor do River Plate que jogou uma banana na torcida do Fortaleza foi suspenso pelo clube por seis meses, segundo o jornal argentino Olé.
* Com produção de Daniel Lima.