Com o sucesso das estreias olímpicas de surfe, skate e escalada, nos Jogos de Tóquio, no Japão, vem a pergunta: quando os esportes entrarão, também, na Paralimpíada? Eles já estão na mira do Comitê Paralímpico Internacional (IPC) para 2028, em Los Angeles , nos Estados Unidos.
E se a paraescalada chegar lá, o Brasil já tem candidata a medalha. Nesta terça-feira (21), a paulista Marina Dias disputa a etapa de Innsbruck, na Áustria, da Copa do Mundo da modalidade. Será a segunda participação da brasileira no circuito mundial. A primeira, no mês passado, foi a melhor possível, com medalha de ouro na norte-americana Salt Lake City.
A paraescalada tem quatro categorias. A classe B é para deficientes visuais. Atletas com limitação de membros superiores competem na classe AU e os de membros inferiores na AL. Por fim, na classe RP, estão os escaladores com comprometimento de alcance ou força. É o caso de Marina, que convive há 13 anos com a esclerose múltipla, que afeta o lado esquerdo do corpo.
O fato de a paraescalada ainda não ser paralímpica dificulta o acesso a recursos financeiros. Para competir em Salt Lake City, Marina conseguiu apoio de um programa de amparo ao esporte amador na prefeitura de Taubaté (SP), onde vive, mas teve que bancar outra parte dos gastos. E não foi diferente na ida para Innsbruck. Além disso, ela concilia os treinos com o trabalho como professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) na vizinha São José dos Campos (SP). Uma rotina que pode mudar se a modalidade, enfim, entrar na paralímpiada.