Ibaneis não vai a reunião e PMs e bombeiros saem sem acordo para reajuste

Palácio do Buriti buscará uma solução a partir de duas sugestões apresentadas pelos militares e uma pelos comandos das duas forças

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O Governador Ibaneis não compareceu a reunião marcada para hoje e representantes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros saíram da reunião sem acordo em relação ao reajuste salarial das categorias.

Eles colocaram na mesa de negociação três propostas de aumento. Porém, nenhuma delas foi aceita de pronto pela equipe econômica do governador Ibaneis Rocha (MDB). A ausência do chefe do Executivo no encontro incomodou os integrantes das corporações, mas a sinalização de consenso foi avaliada como positiva.

Segundo o Portal Metrópoles, após a reunião, o secretário de Fazenda e Planejamento, André Clemente, disse que o governador tem total interesse em conceder o reajuste, “mas não abre mão do equilíbrio das contas públicas”.

“Aliado a isso, temos ainda de manter uma boa interlocução com o governo federal, que dará a canetada final quando o Buriti apresentar uma proposta oficial de aumento. Estamos debruçados nos cálculos em busca da melhor alternativa”, destacou o secretário, que participou da reunião.

Segundo ele, o Palácio do Buriti buscará uma solução a partir de duas sugestões apresentadas pelos militares e uma pelos comandos das duas forças.

Entrega de proposta de reajuste pela Comandante-Geral ao Secretário de Segurança Pública

Levada pelos comandos das corporações, uma das propostas que teve mais aceitação entre os militares é o pagamento do reajuste parcelado em seis vezes. Seriam duas de 5% este ano; duas de 6,5% em 2019; uma 7% a ser paga em 2020; e a última, de 7,5%, no ano seguinte (2021). Neste caso, o auxílio-moradia seria incorporado o salário e o governo iria isentar os militares de pagar o valor proporcional do Imposto de Renda sobre o benefício, ponto sobre o qual não há consenso.

Os PMs e Bombeiros reivindicam o mesmo reajuste oferecido pelo governo aos policiais civis. Em fevereiro deste ano, agentes e delegados receberam a proposta de paridade com a Polícia Federal, ou seja, aumento de 37%. O projeto já foi encaminhado para o governo federal e ainda terá de passar pelo Congresso Nacional.

Segundo o tenente-coronel Eduardo Naime, da Associação dos Oficiais da PM, o resultado da reunião foi “frustrante”. Representantes de outras entidades, entretanto, saíram um pouco mais otimistas do encontro nesta terça (12).

“A gente está estendendo que o governo tem uma preocupação em atender o pleito. Está construindo um caminho”, afirmou o presidente da Associação dos Militares Estaduais do Brasil, o coronel Wellington Corsino.

O coordenador do Fórum das Associação Representativas dos Policiais Militares e dos Bombeiros Militares do DF, Mauro Manuel Brambilla, fez uma ponderação: 

“Nós começamos a conversar. Agora tem outras coisas. O tempo para um policial civil atingir o topo da carreira é muito maior do que o nosso. Isso tem que ser visto”.

Nota-se em alguns momentos uma confusão nos discursos de integrantes da própria categoria, pois a discussão atual é sobre reajuste salarial, mas em algumas falas percebe-se também a busca por uma reestruturação da carreira. Pelo que se percebe no discurso de integrantes do governo, as tratativas atuais estão voltadas apenas para questões salariais. A falta de foco nas negociações poderá ser um ponto positivo para o governo.

Com informações do Portal Metrópoles