Quatro escolas do DF têm sido alvo de ameaças de alunos, diz secretário

De acordo com o secretário Rafael Parente, estudantes 'estão fazendo ameaças e deixando recados escritos e nos banheiros' das instituições

Foto: Jornal Correio Braziliense

O mundo está afetado pelos “extremos”. O ser humano está perdendo sua humanidade. Precisamos aprender que as palavras de ódio disseminadas em nosso meio estão gerando pensamentos de ódio e consequentemente sentimentos de ódio, as redes sociais potencializam tudo isso, culminando em ações de ódio e resultados de ódio. Nova Zelândia e Suzano são exemplos disso.

Segundo o Jornal Correio Braziliense, o secretário de Educação do DF, Rafael Parente, disse que a pasta tem registrado casos de ameaças feitas por estudantes em escolas da rede pública. A afirmação foi feita nesta sexta-feira (15/3), dois dias depois do ataque a um colégio em Suzano (SP) e no mesmo dia em que um professor da rede de ensino entrou armado no prédio da Secretaria, procurando pelo secretário. É algo que não pode ser ignorado.

Ao Correio, Parente contou que quatro casos estão sendo investigados. Segundo ele, os estudantes “estão fazendo ameaças e deixando recados escritos e nos banheiros” das instituições. O secretário alegou, porém, não poder dar mais informações sobre os episódios para não atrapalhar as investigações.

Sobre o tema o Portal Metrópoles também trouxe uma matéria, onde afirma que uma das ameaças mais preocupantes foi a aparição do desenho de uma suástica no quadro de uma sala de aula. Abaixo do símbolo nazista, a frase “massacre em 20/3” (foto em destaque).

MATERIAL CEDIDO AO METRÓPOLES

Para não atrapalhar as apurações, o nome da escola não divulgado pelos investigadores da PCDF.

A área de inteligência da Segurança Pública também passou a monitorar as redes sociais, em especial Facebook, Twitter e Instagram, por causa de publicações que incitam violência ou veneram a atitude dos autores da chacina na escola de Suzano. Especialistas em crimes virtuais acompanham e pedem autorização judicial para tomar medidas preventivas.

Mais cedo, o titular da pasta de educação usou o Twitter para confirmar a invasão do prédio e para falar sobre as ameças. “É fato que um homem entrou armado na Sede I [da Secretaria de Educação] agora. Ele já foi preso e não conseguiu agir”, afirmou. “Também é fato que estamos registrando alguns casos de ameaças de alunos. A Secretaria de Segurança e toda a inteligência do Governo do Distrito Federal já estão em ação, dentro de algumas escolas e à paisana”, acrescentou.

Procurada pela reportagem, a Secretaria de Segurança não se pronunciou. Já a Secretaria de Educação informou que faz um trabalho preventivo, de capacitação de professores para que eles lidem com esse tipo de situação. Conforme a pasta, o Centro de Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação (Eape) tem cursos sobre bullying, cultura de paz e mediação de conflitos. Além disso, a Secretaria deve anunciar nas próximas semanas um pacote de medidas para tratar da violência nas escolas.

Invasão

Um professor da Escola de Música, de 53 anos, foi detido, nesta sexta-feira (15/3), após entrar armado com uma faca e uma besta (arma que lança dardos) no prédio da Secretaria de Educação do Distrito Federal e pedir para falar com o responsável pela pasta, Rafael Parente. 

A segurança do órgão agiu e o deteve já na antessala do gabinete do secretário, no 12º andar, acionando em seguida a Polícia Militar, que o levou algemado para a 5ª Delegacia de Polícia (Asa Norte). O prédio onde funciona a secretaria, no Setor Bancário Norte, foi isolado.

Segundo o sargento Ado, que atendeu a ocorrência, quando o professor chegou à antessala do secretário, a segurança estranhou e o deteve, fazendo com que ele se sentasse. Enquanto alguns agentes tentavam acalmá-lo, o chefe da segurança acionou a Polícia Militar.

Com informações do Jornal Correio Braziliense