O governador Ibaneis Rocha (MDB) jogou um balde de água fria nas categorias de servidores do Governo do Distrito Federal (GDF) que o estão pressionando por aumento salarial. Em entrevista à Rede TV na madrugada desta quarta-feira (27/3), o emedebista foi incisivo: “Já deixei bem claro que não vou dar reajuste de salários a ninguém este ano. Não há essa possibilidade”.
Durante a campanha eleitoral, Ibaneis se comprometeu com diversas categorias a reajustar os salários. Agora, afirma que precisa primeiro economizar R$ 2 bilhões e aumentar a arrecadação no mesmo valor para equilibrar as contas. O que vai contra a pressão do funcionalismo público local.
“As categorias querem cada vez mais”, pontuou. Entretanto, afirmou que vai negociar ainda em 2019 o pagamento da terceira parcela do reajuste, atrasada desde 2015, e o retroativo: “Vamos fazer um escalonamento com todo esse passivo”.
De acordo com ele, a partir de 2020, vai sentar com os servidores e começar a fazer a reestruturação das carreiras, o que pode resultar em aumento salarial.
Questionado sobre o anúncio de reajuste de 37% aos policiais civis, no mês passado, o governador explicou que a categoria estava há 17 anos com salários congelados: “Trata-se de uma situação diferenciada”. Como a folha das forças de segurança é paga com recursos do Fundo Constitucional, a proposta ainda tramita no governo federal e não tem prazo para ser enviada ao Congresso Nacional, como mostrou o Metrópoles nesta quarta.
Segundo Ibaneis, 80% da arrecadação estão sendo destinados ao pagamento de pessoal. “O Agnelo desequilibrou as contas dando reajustes sem qualquer critério”, disse, ao fazer referência ao ex-governador petista.
Veja o trecho da entrevista concedida à Rede TV:
Conforme o Metrópoles antecipou, após o Carnaval, os servidores estão intensificando a cobrança por aumentos salariais. Policiais militares, civis, bombeiros e 32 categorias terão agendas com representantes do Palácio do Buriti para obter respostas sobre as promessas de campanha feitas por Ibaneis Rocha.
Os professores, por exemplo, apresentaram a pauta de reivindicações, que traz reajuste de 37%, o mesmo percentual que deve ser oferecido aos policiais civis. O mesmo índice é cobrado por policiais militares e bombeiros.
Informações do Portal Metrópoles