O governador Ronaldo Caiado acompanhou, nesta quinta-feira (27/10), em Goiânia, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, durante vistoria ao Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol) e ao Hospital Estadual Dr. Alberto Rassi (HGG). Para o ministro, Goiás está consolidado como referência nacional em saúde pública e, em razão disso, assinou portaria, juntamente com o governador, que habilita leitos cardiológicos e neurológicos no Hugol para tratamentos e cirurgias de alta complexidade. Também foi anunciada a recomposição do teto financeiro da média e alta complexidade (Teto MAC) do Estado, aumentando o potencial de captação de recursos federais.

“O reconhecimento e a habilitação do Hugol em alta complexidade na área de cirurgia cardíaca e de neurologia faz com que o hospital tenha a capacidade, não só de atender casos mais graves de Goiás, mas também de estados vizinhos que dependem de um tratamento especializado. Isso é um diferencial enorme para Goiás, pois coloca este hospital como um dos melhores do País”, celebrou o governador.

Ainda segundo Caiado, a habilitação assinada pelo ministro “aumenta o perfil do hospital, não só para tratamentos complexos, como também para a parte educacional”, uma vez que profissionais da área de saúde fazem no Hugol seus cursos de residência médica. “Além de ter recursos do Tesouro Estadual, a unidade terá capacitação direta também do Ministério da Saúde. Isso gera um efeito cascata de aumento da qualidade do serviço. Vamos nos tornar ainda mais referência”, concluiu.

O secretário de Saúde de Goiás, Sandro Rodrigues, afirmou que a habilitação dos leitos “é um compromisso com a sociedade e com o cidadão”. “É obrigação dos líderes promover este atendimento. Nosso dever é levar a saúde onde ela precisa estar”, pontuou.

O governador teve a confirmação ainda do repasse de cinco ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), uma para cada um dos seguintes municípios goianos: Cidade Ocidental, Iporá, Jataí, Luziânia e Trindade.

Pequenos hospitais

O ministro anunciou que Goiás é o estado escolhido para a implantação do projeto piloto que pretende concentrar a maior parte do atendimento à população em hospitais públicos de pequeno porte. Queiroga acertou com o governador Ronaldo Caiado que será feito um diagnóstico das unidades hospitalares menores, uma vez que, segundo o ministro, o território goiano conta com muitos estabelecimentos deste porte.

“Temos 1,9 mil hospitais de pequeno porte no Brasil. Precisamos monitorar os resultados deles e verificar as expectativas que temos em unidades com número reduzido de leitos. A assistência de saúde no Brasil começou no início do século 20 e há uma cultura no brasileiro de buscar os grandes hospitais. O que queremos é inverter isso, fazendo com que as pessoas busquem as Unidades Básicas de Saúde para que, lá, se resolvam 80% dos problemas”, explicou o ministro sobre o projeto.

“A cultura de criar regiões de saúde é fundamental e a política pública é construída em conjunto. O que queremos é o conceito de eficiência na prestação da saúde. Goiás, com o trabalho do governador Ronaldo Caiado para construir a regionalização e também pelo feito na pandemia, foi escolhido para ser o piloto deste programa que posteriormente será estendido para o Brasil todo”, frisou Queiroga.

HGG

Logo em seguida, Caiado apresentou a Queiroga a Central de Transplantes do Hospital Estadual Dr. Alberto Rassi (HGG), referência em Goiás. A atual gestão estadual investiu R$ 2,8 milhões na instalação da nova ala, inaugurada em setembro deste ano. A unidade possui 644 metros quadrados e 32 leitos, sendo 26 destinados para transplantes de rins, fígado, pâncreas e rim-pâncreas. Os outros seis serão utilizados para transplante de medula óssea.

Goiás é o 10º estado brasileiro que mais realiza transplantes de rins no país. Somente na primeira quinzena de outubro, o HGG realizou 15 destas intervenções. Além disso, de janeiro a julho deste ano, foram executados 329 transplantes de órgãos e tecidos, sendo 55 de rins, quatro de fígado, 246 de córneas, 11 de medula óssea e 13 musculoesqueléticos. Ao todo, o Estado possui 36 equipes credenciadas para realização de cirurgias do tipo.

“O Brasil é um dos principais transplantadores do mundo, tem uma das principais políticas públicas do mundo nessa área e estamos reforçando isso. Ser habilitado para doação não é uma grife, é um ato de amor, um compromisso”, disse Queiroga. “Teremos quase que o circuito completo de transplantes com capacidade de realização no HGG. Cada vez mais, estamos sensibilizando o cidadão para que entenda que a política de doação de órgãos é fundamental”, avaliou Caiado.

Foto: Júnior Guimarães e Wesley Costa

Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás