“Ao infinito e além”. Quem conhece o filme Toy Story, lembra de expressão que ficou marcada pelo personagem Buzz Lightyear. Pois ela é, também, o que move a mesatenista paralímpica Sophia Kelmer.
Sophia tem apenas 14 anos e possui o lado direito do corpo afetado por um AVC intrauterino. Ela não é uma patrulheira espacial, como Buzz, mas tem voado longe. Conheceu o tênis de mesa há quatro anos. Hoje, é a sexta melhor do mundo da classe 8 da modalidade adaptada, que é voltada para atletas com impedimento moderado nas pernas ou no braço de jogo. Em menos de um ano competindo em torneios internacionais, já conquistou 11 medalhas. A jovem carioca é um fenômeno. Segundo o pai, Henrique Kelmer, a família dá suporte para Sophia administrar a velocidade com a qual a rotina de alto rendimento entrou na vida dela.
O próximo desafio de Sophia será o Campeonato Mundial de tênis de mesa paralímpico, que começa neste domingo (6), em Granada (Espanha). A competição pode deixá-la mais perto do sonho de chegar à Paralimpíada de Paris (França), em 2024.
O Brasil terá 18 atletas no torneio. Metade figura no top-10 das respectivas categorias físico-motoras, a maioria no feminino. Na última edição, realizada em Lasko (Eslovênia), há quatro anos, o país foi ao pódio com Cátia Oliveira, medalhista de prata na classe 2, para cadeirantes tetraplégicos. Foi o melhor resultado individual na história do evento.