“Em hipótese alguma isso representa uma intervenção”, diz secretário de Segurança, sobre Força Nacional na Esplanada

Força-tarefa conta com servidores das polícias Militar e Civil, Detran e Corpo de Bombeiros/Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília

ENTREVISTA // Anderson Torres, secretário de Segurança do DF

O ministro Sérgio Moro ligou para o senhor ou para algum representante da Secretaria de Segurança para avisar sobre a portaria?

Não havia necessidade de o ministro Moro ligar para nenhum de nós por conta dessa portaria. Ela trata apenas do atendimento de uma demanda do GSI ao Ministério da Justiça para reserva de tropas da Força Nacional de Segurança. O GSI precisa dessa autorização para poder planejar um eventual emprego. Agora ele já recebeu o OK para a tropa, já o seu emprego, esse sim passa por uma coordenação conjunta com a SSP-DF.

A portaria que autorizou o uso da Força Nacional na Esplanada não menciona as forças do GDF. Isso representa uma intervenção na segurança do Distrito Federal?

Em hipótese alguma. Na verdade, não faria sentido mencionar. Essas tropas citadas na portaria são uma reserva do GSI para uma eventual necessidade de defesa do patrimônio público na Esplanada e das pessoas que neles estiverem. Entretanto, o emprego de tropas de segurança, independentemente da origem delas, deve sempre seguir um planejamento integrado, que inclusive já está previamente delineado em um acordo existente, denominado Protocolo Tático Integrado de Manifestações (PTIM).

Como é hoje a articulação entre a SSP-DF e o governo federal para garantir a segurança de prédios públicos e de manifestantes durante eventos e protestos?

A melhor possível. Já houve duas reuniões agora em abril, e seguiremos nos coordenando para prover a segurança dos cidadãos e do patrimônio público do GDF sempre no alto padrão com que o brasiliense está acostumado.

Informações do Jornal Correio Braziliense