A Fifa anunciou que abriu um processo disciplinar contra o Equador por causa do canto homofóbico dos torcedores da seleção do país na abertura da Copa do Mundo contra o Catar no domingo (20).
A seleção do Equador chegou a estar ameaçada de não disputar a Copa depois que a federação do Chile reclamou que os equatorianos teriam colocado um jogador inelegível em campo durante as eliminatórias sul-americanas para o Mundial.
Eles foram multados e receberam uma dedução de pontos para as próximas eliminatórias da Copa do Mundo, mas foram autorizados a competir no Catar.
O jogador em questão, Byron Castillo, foi deixado de fora da convocação para a Copa para evitar mais controvérsia.
Na partida de abertura do Mundial, entre os anfitriões Catar e o Equador, no domingo (20), alguns torcedores da seleção equatoriano entoaram cantos homofóbicos contra os chilenos.
“O Comitê Disciplinar da Fifa abriu um processo contra a Associação de Futebol Equatoriano devido aos cânticos dos torcedores equatorianos”, disse o órgão dirigente do futebol mundial em um comunicado no final da terça-feira, citando o artigo 13 de seu código disciplinar.
As possíveis sanções do código incluem jogar uma partida sem espectadores ou uma proibição de jogar em um determinado estádio.
Não houve resposta imediata da federação de futebol do Equador. A entidade tem estado exultante nas redes sociais retuitando imagens da vitória da equipe por 2 a 0 sobre os anfitriões na estreia.
Para a diversão de muitos que assistiram ao redor do mundo, os torcedores equatorianos também cantaram “Queremos cerveja!” em referência a uma controversa proibição do consumo de álcool no estádio, por insistência da nação anfitriã muçulmana conservadora.
Os direitos da comunidade LGBTQIA+ ganharam destaque durante esta Copa do Mundo, atraindo alguns protestos, já que a homossexualidade é ilegal no Catar.
O Equador é atualmente líder do Grupo A do Mundial ao lado da Holanda, que será sua adversária na sexta-feira (25).
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