A Polícia Civil de Goiás, por meio do Grupo de Repressão a Estelionatos e Outras Fraudes da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (GREF/DEIC), tem atuado em parceria com Polícias Civis de outros estados no combate a crimes praticados em caixas eletrônicos ou via WhatsApp, contra vítimas idosas, que acreditam estar recebendo ajuda ou transferindo dinheiro para amigos ou parentes próximos, mas acabam enviando valores para golpistas.
Exemplo dessa integração foi a prisão de José Prisco de Oliveira Júnior, preso na última sexta-feira (25), na capital cearense, por equipe do 17º DP de Fortaleza, em cumprimento a mandado de prisão expedido após representação da polícia goiana. O indivíduo é suspeito de integrar um grupo criminoso responsável por subtrair, mediante fraude, valores de idosos em agências bancárias do interior de Goiás.
Segundo noticiado, alguns indivíduos entravam na área de caixas eletrônicos do banco e aguardavam a chegada de clientes. Assim que idosos chegavam ao local e iniciavam a realização de alguma transação, um dos suspeitos se aproximava da vítima e oferecia ajuda. O idoso acabava aceitando a ajuda, momento no qual o suspeito o distraía e conseguia visualizar e memorizar a senha do cartão. Em seguida, pegava o cartão e transferia valores da conta da vítima para a conta de um comparsa.
“O idoso, acreditando ter sido auxiliado na transação, só se dava conta ter sido vítima de um golpe quando conferia que havia sido realizada mais de uma movimentação bancária em sua conta”, conta o delegado Paulo Ludovico. As investigações apontaram que o grupo criminoso vitimou idosos residentes nas cidades de Morrinhos, Trindade e Porangatu, mas a Polícia Civil de Goiás acredita que o grupo pode ter agido em outras cidades.
Novo número
Também em operação integrada com instituição de outro estado, o Grupo de Repressão a Estelionatos e Outras Fraudes da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (GREF/DEIC) cumpriu, em Goiânia, na última quinta-feira (1º), quatro mandados de busca e apreensão, expedidos em desfavor de suspeitos de integrarem uma associação criminosa voltada à prática de estelionatos qualificados, investigados pela Polícia Civil de Minas Gerais, por meio do 3º DP de Belo Horizonte.
O crime em questão é chamado popularmente de golpe do novo número, fraude na qual um indivíduo se passa por parente ou amigo próximo da potencial vítima e solicita pagamentos diversos para seus comparsas a pretexto de que, uma vez solucionado um suposto problema com celular ou aplicativo bancário, realizaria a devolução dos valores, o que não ocorre e consuma-se o golpe.
As medidas cautelares foram decretadas pelo Poder Judiciário de Minas Gerais e cumpridas pela equipe do GREF/DEIC, que apreendeu diversos objetos e realizou interrogatórios na sede do grupo especializado.