Após alcançar a marca de mais de 22 mil atendimentos desde seu lançamento, em 2021, o Ação Mulher no Campo realizou sua 23ª edição, a última deste ano. Desta vez, a visita de diversas secretarias e órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF), além de parceiros não governamentais, foi ao Centro Educacional Irmã Maria Regina, localizado na área rural de Brazlândia. No local, foram atendidos os moradores da região rural e do Assentamento Gabriela Monteiro.
O programa, encabeçado pela Secretaria da Mulher (SMDF), é uma ação conjunta do governo e tem a proposta de facilitar o acesso da população a diversos serviços públicos, como saúde, trabalho e direitos sociais. Ao todo, foram oferecidos mais de 600 atendimentos aos estudantes e suas famílias, assim como aos moradores da região.
A subsecretária de Promoção das Mulheres, Luene Garcia, destacou a importância da participação das lideranças rurais na ação: “Esta é uma oportunidade para as mulheres da região rural exercerem seu poder de fala e mostrarem suas necessidades. Assim, o Governo do Distrito Federal pode conciliar as políticas públicas com os interesses da comunidade do campo”.
Empreendedorismo na área rural
Viviane Moreira da Silva, moradora do Assentamento Gabriela Monteiro e membro do grupo de mulheres da Associação Rural Gabriela Monteiro (Argam), ficou muito feliz com o evento. Para ela, o espaço é importante para fortalecer a economia das mulheres rurais, que trabalham com agricultura e artesanato. “Aqui, nós podemos chamar a atenção para o nosso trabalho, mostrar para moradores da área urbana o que é produzido no DF”, ressalta.
Uma das propostas do Ação Mulher no Campo é, justamente, dar visibilidade e incentivar as mulheres que vivem em área rural para que elas tenham condições de trabalhar e gerar renda sem sair de casa, explorando a terra ou seus talentos manuais, como o artesanato e a gastronomia.
Durante o evento, nesta quinta-feira (8), as moradoras puderam explorar seu lado empreendedor, expondo suas produções e artesanatos em uma pequena feira. Entre os diversos produtos feitos por essas mulheres na comunidade, estavam doces, salgados e iguarias, assim como produtos de artesanato feitos de crochê, pintura de tecido e madeira.
União de esforços
Além da Secretaria da Mulher, o evento contou com a participação das secretarias de Turismo (Setur), de Saúde (SES), de Educação (SEEDF), de Segurança Pública (SSP), da Família (Sefam), de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh) e do Desenvolvimento Social (Sedes), além da Terracap, da Novacap, da Vigilância Ambiental, da Defesa Civil, da Polícia Civil, do Batalhão Rural e de parceiros não governamentais.
Entre os serviços oferecidos, estão informações oferecidas pela SMDF sobre temas como direitos das mulheres e prevenção à violência de gênero. As interessadas ainda puderam se cadastrar nos cursos de capacitação oferecidos pela pasta.
A comunidade local também pode fazer inscrições no Cadastro Único, da Sedes, e aproveitar a oportunidade para fazer o agendamento de consultas médicas e serviços médicos, como vacinas e testes rápidos, pela Secretaria de Saúde. A ação ainda conta com o incentivo da Secretaria de Turismo (Setur), que, durante o evento, realiza consultas para a emissão da carteira de artesão pela pasta.
As crianças e jovens se divertiram no espaço lúdico organizado pela Secretaria de Segurança Pública, além de terem participado das atividades organizadas pela Defesa Civil e aprendido sobre diversas zoonoses nos estandes da Vigilância Ambiental.
Fórum Distrital Permanente
A Ação Mulher no Campo foi uma demanda do Fórum Distrital Permanente das Mulheres do Campo e do Cerrado, um órgão colegiado, de caráter consultivo e vinculado à SMDF.
Composto por mulheres representantes de diversos grupos, como quilombolas, indígenas, mulheres rurais, ciganas, entre outras, e por membros dos órgãos do Governo do Distrito Federal, o fórum tem a missão de debater propostas de políticas voltadas à promoção da saúde, dos direitos e da autonomia econômica das mulheres do DF.
Representante no Fórum Distrital Permanente das Mulheres do Campo e do Cerrado, Viviane destacou a importância do órgão para o cuidado com a população feminina que mora nas áreas rurais. “É nesse espaço que nós conseguimos apresentar nossas pautas. É ali que criamos a conexão com o governo. O fórum facilita o diálogo entre as secretarias e a comunidade rural para que possamos ter nossas necessidades atendidas”.
*Com informações da Secretaria da Mulher
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