O Hospital Regional de Planaltina (HRPL) foi habilitado na Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC), pelo Ministério da Saúde (MS). Com isso, a unidade passa a receber aumento de recursos federais em cerca de R$ 100 mil. O primeiro credenciamento é de 1996 e, desde então, a unidade desenvolve atividades para promover saúde por meio do estímulo ao aleitamento materno.
“Essa conquista é resultado de todo o empenho das equipes que prestam assistência às mães e recém-nascidos em prol de um atendimento cada vez mais humanizado”, destaca a enfermeira e presidente da Comissão Iniciativa Hospital Amigo da Criança, Fernanda Viana.
O credenciamento é um estímulo para a unidade promover a amamentação exclusiva durante os seis primeiros meses de vida, e de forma complementar por dois anos ou mais. “Essas práticas subsidiam a qualidade de vida da criança, impactando gradativamente no fortalecimento da sua saúde, bem como o vínculo familiar. Ganha a criança, ganha a família, ganha a sociedade”, reforça a diretora do HRPL, Keyla Blair de Oliveira.
Segundo a diretora, os recursos da recertificação serão utilizados na melhoria da assistência prestada no bloco materno infantil da unidade, como: manutenção/aquisição de equipamentos, aperfeiçoamento das práticas humanizadas e reforço dos trabalhos.
O título de Hospital Amigo da Criança foi idealizado em 1990 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) para promover, proteger e apoiar o aleitamento materno no Sistema Único de Saúde. O objetivo é mobilizar os funcionários do estabelecimento de saúde para que mudem condutas e rotinas responsáveis pelos elevados índices de desmame precoce. Para isso, foram estabelecidos os Dez Passos para o Sucesso do Aleitamento Materno.
Atendimento humanizado
“O atendimento humanizado do Hospital Regional de Planaltina é o que trouxe para nossa unidade esse reconhecimento, essa recertificação”, reconhece a diretora do HRPL e médica anestesiologista, Keyla Blair de Oliveira.
O HRPL faz uma média de 350 partos por mês, o que dá mais de 4 mil partos por ano. Todo esse atendimento é feito por uma equipe multidisciplinar de médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, nutricionista, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e assistentes sociais. Durante o trabalho de parto, as mães são escutadas até em qual posição querem ter o filho e ficam 24 horas com os acompanhantes. Após o nascimento, elas ficam uma hora com o bebê. Só depois disso é que são pesados, medidos e vacinados, além disso, é feito o teste do pezinho e do coração.
Antes de mãe e bebê receberem alta, a equipe aplica a BCG no recém-nascido. “Também já fica marcado o teste da orelha. E a gente orienta para que a mãe retorne dez dias após o parto para a primeira consulta do bebê”, explica a diretora. Depois, as próximas consultas já são realizadas com o médico da família, na UBS de referência.
O local conta ainda com um ponto de coleta de leite humano para consulta em amamentação, auxílio e acompanhamento de mães e bebês com dificuldades na amamentação, além de captação, cadastro e acompanhamento de doadoras de leite humano e bate-papo sobre amamentação.
*Com informações da Secretaria de Saúde