Preocupações foram levantadas sobre suposta falta de força do elenco da França após a derrota por 1 a 0 para a Tunísia no último jogo da fase de grupos da atual campeã, mas a vitória por 2 a 0 na quarta-feira (14) sobre o Marrocos aliviou as dúvidas quando os Les Bleus alcançaram sua segunda final de Copa do Mundo consecutiva.

Com a liderança do grupo praticamente garantida antes do confronto com a Tunísia, o técnico Didier Deschamps mudou sua equipe, com nove novos jogadores começando após vitórias sobre Austrália e Dinamarca nas duas primeiras partidas.

Os substitutos decepcionaram no geral, mas Deschamps admitiu que não facilitou a tarefa, já que o time reserva não tinha experiência coletiva.

Na quarta-feira (14), ele foi forçado a fazer duas mudanças no time que venceu a Polônia por 3 a 1 nas oitavas de final e a Inglaterra por 2 a 1 nas quartas de final, pois o zagueiro Dayot Upamecano e o meio-campista Adrien Rabiot estavam resfriados.

Youssouf Fofana, na vaga do Rabiot, às vezes teve dificuldades para compensar a falta de trabalho defensivo de Kylian Mbappé no lado esquerdo, mas o jogador do Monaco fez seu trabalho, ganhando bolas importantes e levando a França para frente.

No centro da defesa, Ibrahima Konaté foi sólido, depois de atuações igualmente convincentes contra Austrália e Tunísia, o que pode até dar dor de cabeça a Deschamps quando ele for escalar o time para a final de domingo contra a Argentina.

Enquanto ele fez apenas uma substituição no fim na vitória por 2 a 1 sobre a Inglaterra, Deschamps usou mais o banco contra o Marrocos.

Ele tirou o atacante Olivier Giroud aos 20 minutos do segundo tempo para colocar Marcus Thuram, que teve boa atuação pela esquerda, prendendo os zagueiros e deixando espaço para Mbappé.

“O treinador percebeu que estava ficando difícil defender daquele lado e foi por isso que ele colocou Marcus Thuram, para que fôssemos nós que pressionássemos e bloqueássemos aquele flanco”, disse Antoine Griezmann.

A decisão mais espetacular, no entanto, foi tirar Ousmane Dembélé aos 33 do segundo tempo e colocar Randal Kolo Muani. O atacante do Eintracht Frankfurt precisou de apenas 44 segundos para marcar e fazer 2 a 0.

“Costumo colocar Kingsley [Coman], mas ele não estava se sentindo muito bem durante a tarde”, disse Deschamps.

“E eu também sabia que o Randal tem essa grande capacidade de correr. Não quero me gabar, mas também é um bom exemplo para os outros jogadores que não foram muito utilizados, eles sabem que podem ser decisivos em algum momento. Nossos jogadores do banco são importantes.”

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