Centenas de milhares de argentinos lotaram as ensolaradas ruas de Buenos Aires no domingo, em êxtase depois que uma vitória nos pênaltis na final da Copa do Mundo sobre a França garantiu o título ao país pela primeira vez desde 1986.

Em uma partida tensa e emocionante disputada no Catar diante de cerca de 88 mil torcedores, a Argentina, comandada pelo craque Lionel Messi, levou para casa sua terceira Copa do Mundo ao vencer a França, atual campeã, por 4 a 2 nos pênaltis, depois de empatar em 3 a 3 após prorrogação.

“Foi difícil, mas conseguimos, graças a Messi”, disse Santiago, de 13 anos, comemorando a vitória com sua família em frente à casa de Buenos Aires que pertenceu ao falecido ícone do futebol Diego Maradona, que liderou a seleção argentina em 1986.

Com bandeiras, bonés e as icônicas camisas azuis e brancas do país, os argentinos dominaram o centro de Buenos Aires e outros pontos tradicionais minutos após a vitória. Por todo o país, outras comemorações eclodiram.

“Foi um jogo incrível, às vezes angustiante”, disse Diego Aburgeily, de 46 anos, que torceu pela seleção nos subúrbios de Buenos Aires. “Esta equipe fez as pessoas se apaixonarem por eles pela primeira vez em décadas.”

A seleção argentina, que perdeu a final contra a Alemanha em 2014, não conquistava uma Copa do Mundo desde 1986. Mas a ascensão do time gerou um ávido apoio no país, que sofre com a alta inflação e uma crise econômica que empurrou cerca de 40% da população para a pobreza.

“Poderíamos ter vencido confortavelmente, mas fomos forçados a sofrer, como sempre”, afirmou Rogelio Vázquez, torcedor argentino. “Mas o sofrimento torna a vitória ainda mais gostosa.”

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