“A matemática abre caminhos”, sentencia o adolescente de 15 anos, Roberto Santos, medalha de ouro na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). “Matemática é vida”, complementa o também medalhista de ouro Felipe Amorim, de 13 anos.
A dupla do Colégio Militar Tiradentes superou milhares de estudantes de todo o país na 14ª edição da Obmep. A Olimpíada registrou, no ano passado, a participação de 18,2 milhões de alunos na primeira fase. As medalhas foram entregues em Salvador, nesta segunda-feira (8).
Felipe começou a despontar no campo da matemática aos 11 anos, quando foi prata na Obmep e bronze na Olimpíada Brasileira de Matemática. Com essa idade, o menino, que se diverte resolvendo quebra-cabeças e jogos de raciocínio lógico, entrou no Programa de Iniciação Científica Júnior da Universidade de Brasília.
A mãe, Jucilene Amorim, confessa que só notou o talento do filho com os números quando foi convencida pelos professores do Colégio Militar Tiradentes. “É emocionante ver os olhos dele brilhando”, exalta. “O Felipe é inspiração para o irmão mais novo que já segue o mesmo caminho”.
O professor de matemática do Felipe, Wilton Oliveira, revela que o adolescente é um aluno extraordinário e observador. Wilton sente-se honrado por participar da trajetória vitoriosa do Felipe. “Nosso trabalho com a matemática está no caminho certo”, resume.
Roberto é tão apaixonado pela matemática que não se separa dos números nem nas horas vagas. “Pra relaxar, assisto a vídeos que ensinam matemática de forma divertida e inovadora”.
Ao contrário de Felipe, a paixão de Roberto por cálculos foi vista desde cedo em casa. O pai, major Ferreira Leite, conta que o garoto sempre teve curiosidade para solucionar problemas. Mas só despontou quando ingressou no Colégio Militar Tiradentes. “Confesso que era contra a ida dele para o colégio. Depois de ver a qualidade do ensino, decidi colocar meus outros dois filhos na escola”.
Em sala de aula, o Roberto mostra-se um questionador e um aluno muito atento às explicações dos professores. Para o professor Vitor de Andrade, o aluno está acima da média. “Ele é muito humilde e gosta de descobrir soluções inovadoras para os problemas que eu passo”, revela.
Ano passado, Roberto foi prata na Olimpíada Brasileira de Física e bronze na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica.
Informações PMDF