O momento das férias escolares está diferente no Centro de Ensino Médio (CEM) Urso Branco, no Núcleo Bandeirante, com o vai e vem de alunos. Graças às atividades no Laboratório Gamer da unidade, os estudantes continuam frequentando a escola e podem ter uma ocupação durante o recesso.

A dupla de estudantes João Vitor e Matheus de Sousa é frequente no Laboratório Gamer. Eles também são monitores do local | Fotos: Mary Leal/SEE

João Vitor e Matheus de Sousa, ambos de 17 anos, são alunos da escola e assíduos no Laboratório Gamer nas férias. “Eu estaria em casa ocioso sem atividades e aqui no laboratório é um momento de descontração. A gente fica mais próximo da escola. É uma oportunidade mesmo”, destaca João.

O colega Matheus conta que se sente incluído e ouvido pela escola com a criação do laboratório. “Participei da montagem do laboratório e gosto de estar numa escola que aceita as possibilidades da educação digital”, conta.

“O laboratório aproxima os estudantes do ambiente escolar e isso desencadeia interesse em outras áreas”, afirma o diretor Dreithe Thiago

A direção do CEM Urso Branco percebeu que muitos estudantes tinham habilidade em jogos online, mas não tinham acesso aos recursos para desenvolvê-la. Por isso, começou as atividades do Laboratório Gamer em agosto de 2022 com recursos de uma emenda parlamentar do Programa de Descentralização Administrativa e Financeira (PDAF). O local tem sete computadores de última geração, próprios para jogos online, com internet fibra de ultra velocidade, que continuam funcionando nas férias.

“O que vejo que faltava para esses estudantes era oportunidade. Muitos têm talento que pode ser estimulado nessa área gamer. O laboratório aproxima os estudantes do ambiente escolar e isso desencadeia interesse em outras áreas”, frisa Dreithe Thiago, diretor do CEM Urso Branco.

No início da pandemia, em 2020, a escola já tinha desenvolvido projetos pontuais nessa área gamer. Alguns estudantes participaram de campeonatos e ficaram nas primeiras colocações. Posteriormente, foram convidados a ingressar profissionalmente na área de streamers e como desenvolvedores de gamers por empresas da iniciativa privada.

A direção da escola conta que vê uma melhora no desempenho dos estudantes que participam das atividades do Laboratório Gamer, já que há algumas contrapartidas para continuarem a frequentar o local. Os estudantes têm que manter a frequência nas aulas regulares e não tirarem notas abaixo da média nas matérias ao longo do ano.

O laboratório também tem seis monitores, todos estudantes da escola, que se disponibilizam a cuidar do local e organizar o cronograma de utilização do espaço. O espaço nunca teve aparelhos quebrados ou algum tipo de depredação desde a inauguração.

Para 2023, a escola tem novos objetivos para o Laboratório Gamer. O próximo passo será a inclusão de aulas de programação. A unidade já tem buscado parcerias para colocar em prática essa ação.

*Com informações da Secretaria de Educação

 

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