Para ensinar a adoção de medidas higiênico-sanitárias na coleta de ovos, extensionistas rurais do escritório local da Emater-DF em São Sebastião promoveram, nesta sexta-feira (3), a Oficina de Boas Práticas na Coleta e Manipulação de Ovos para produtores rurais do Assentamento 1º de Julho. A atividade é a quinta etapa de uma programação de seis capacitações que os técnicos estão levando ao grupo formado por seis agricultores familiares que decidiram investir na produção de ovos caipiras.

Nesta edição, os produtores foram orientados em relação à produção de ovos naturalmente limpos, manipulação na coleta, classificação, seleção e embalagem dos ovos, limpeza a seco, armazenamento, descarte dos ovos impróprios para consumo e preenchimento de planilha de coleta. A zootecnista da Emater-DF Bruna Beleosoff coordenou a oficina, que também contou com a participação de outros profissionais da empresa, como a coordenadora de Avicultura, Camila Ribeiral, e os técnicos Sônia Cascelli, Pedro Kosinski e Paulo Fernando Gaudio.

A oficina aconteceu na propriedade da produtora rural Maria Aparecida Martins, que no passado tentou a criação de galinhas poedeiras sem orientação técnica e não deu certo. Ela faz parte do grupo dos produtores de ovos caipiras do Assentamento 1º de Julho que está apostando nesse nicho. Atualmente, possui 24 galinhas e já pretende triplicar o plantel.

A Emater-DF está capacitando um grupo formado por seis agricultores familiares que decidiram investir na produção de ovos caipiras | Foto: Divulgação/Emater-DF

“Já tentamos criar esse tipo de ave e não deu certo. Agora, com a Emater orientando a gente, a coisa está indo bem. Não tive perda de animais, as galinhas estão saudáveis e com cinco meses já estão botando cerca de 19 ovos por dia. Esta já é a quinta oficina com o nosso grupo e cada vez aprendemos mais um pouco”, disse Maria Aparecida.

Organização

Tudo começou em agosto de 2002, quando os produtores se organizaram em grupo interessados em começar a produção de ovos caipiras. Com o auxílio da Emater-DF, definiram a quantidade de pintainhas a serem compradas por cada um, montaram a estrutura do galinheiro em cada propriedade e, em grupo, para diminuir os custos, compraram os animais e as rações.

A extensionista Bruna Beleosoff informou que o acompanhamento do grupo de produtores rurais tem sido muito assíduo, entre cada dez a 15 dias, avaliando desde a instalação, manejo sanitário, ração e crescimento das aves e produção. “Nosso trabalho tem feito toda a diferença. A gente vem orientando e adaptando quais as melhores técnicas, estratégias para que o produtor tenha sucesso na atividade que ele vai iniciar. Para a gente criar aves para a produção de ovos com qualidade e rentabilidade, sempre serão necessários ajustes e a adoção de boas práticas de manejo, controle, segurança e coleta de ovos”, destacou.

Desde que o grupo começou a criação de galinhas poedeiras, em agosto de 2022, os extensionistas da Emater-DF estão ensinando, na prática, etapa por etapa de todo o processo de produção, tanto por meio das assistências técnicas diárias quanto por meio de oficinas. No total, já foram ministradas as capacitações sobre estrutura e instalação; primeiros cuidados e recebimento das pintainhas; manejo sanitário; gestão econômica e boas práticas na coleta e manipulação de ovos. A última abordará a comercialização da produção.

*Com informações da Emater-DF

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