A Polícia Civil de Goiás, através do Grupo de Repressão ao Estelionato e outras Fraudes (Gref), da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), em conjunto com o Departamento de Combate a Crimes Tecnológicos da Polícia Civil do Maranhão, cumpriu nessa segunda-feira (06/2), mandados de prisão preventiva e busca e apreensão, na região metropolitana de Goiânia, em desfavor de dois suspeitos de compor uma organização criminosa especializada em estelionato eletrônico. Um dos alvos também acabou preso em flagrante por tráfico de drogas e posse irregular de munição.
Conforme apurado na investigação conduzida pela PCMA, os supostos criminosos abordavam as vítimas através de aplicativos de mensagens se fazendo passar por autoridade do sistema de justiça. As vítimas escolhidas eram servidores públicos vinculados a prefeituras de municípios do Maranhão. Os investigados utilizavam a imagem e o nome de promotores de justiça, bem como a imagem da instituição Ministério Público, para solicitar valores às vítimas sob o argumento de adiantamento que seria pego de volta pela vítima. As vítimas então levadas a erro, e diante do uso de imagem de uma autoridade e do próprio órgão público, acabavam por transferir valores aos criminosos. Em seguida, se davam conta de que haviam caído no golpe. Diversas vítimas foram lesadas, de modo que o prejuízo total ainda está sendo estimado. Valores foram bloqueados das contas dos investigados, por determinação judicial.
Na ocasião das buscas, foram apreendidos um veículo do suspeito, uma arma registrada em seu nome, bem como foi encontrada uma porção de drogas (ecstasy) ocultada em um cesto de lixo e balança de precisão, além de 100 munições intactas de arma de fogo sem origem comprovada, o que gerou a prisão em flagrante por tráfico de drogas e posse irregular de munições. As investigações sobre a organização criminosa e estelionato seguem com a PCMA, enquanto que a referente ao tráfico e posse irregular de munição, prosseguirá no Gref/Deic da PCGO. A operação foi batizada com o nome Fallere, que do latim, significa “enganar, induzir a erro”.