O governador Tarcísio de Freitas vistoriou nesta quinta-feira (2) as condições da Barragem e Eclusa da Penha, localizada na cidade de São Paulo. Durante a ação, ele anunciou medidas para mitigar os impactos das cheias na Região Metropolitana. A estrutura tem papel importante no sistema hídrico por ser responsável pelo controle de vazão do Rio Tietê e por regular as cheias na Bacia do Alto Tietê.
Além de recuperar a funcionalidade de quatro das seis comportas da infraestrutura hídrica, o chefe do Executivo paulista falou que adotará um plano de desassoreamento de rios. A medida, segundo Tarcísio de Freitas, tem potencial de reduzir os impactos das cheias sobre a população que vive em bairros localizados em áreas de várzea. Porém, será preciso desenvolver um plano de ocupação territorial para retirar milhares de famílias desse tipo de localidade no estado.
“Essa barragem tem um papel fundamental para o controle de cheias da cidade de São Paulo, com a operação conjunta com o Pinheiros. Vamos fazer uma obra de recuperação das comportas que não estão funcionando hoje. Em dois meses, devemos estar com operação plena das seis comportas. Vamos iniciar um grande programa de desassoreamento do Tietê e outros rios”, destacou o governador.
Tarcísio de Freitas detalhou como será feito o processo para desassorear os rios. “Vamos trabalhar em duas etapas. Em uma primeira, fazendo contratos de desassoreamento. E vamos pensar em uma parceria público-privada, que será ainda mais abrangente, com controle de determinados aspectos que têm interferência em cheias. Mas aí há um tempo de modelagem que vamos precisar.”
Manutenção
Além do cuidado com a barragem, que receberá aperfeiçoamentos nos próximos meses, o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), também trabalha no desassoreamento e manutenção em cerca de 62 quilômetros do Rio Tietê na capital e Região Metropolitana. Em 2022, por exemplo, foram removidos cerca de 624,6 mil m³ de sedimentos como lodo, areia e lixo. Além disso, mais de 6,5 mil pneus foram retirados do canal nesse processo.
O DAEE realiza ainda o desassoreamento em outros 41 quilômetros do Rio Tietê. A ação tem benefício direto por permitir maior navegabilidade em um trecho de mais de 13 quilômetros acima da barragem, aumenta a capacidade de escoamento do canal e evita enchentes em caso de chuvas intensas, além de contribuir para a melhoria da qualidade das águas.
Ajuda humanitária
O governador também acompanhou a chegada de ajuda humanitária da Defesa Civil do Estado de São Paulo a Itaquaquecetuba. Lá, foram entregues 3,5 toneladas de doações à Secretaria Municipal de Serviços Urbanos. A iniciativa foi realizada em parceria com o Fundo Social de São Paulo (Fussp).
A cidade já recebeu mais de mil itens em ajuda humanitária da Defesa Civil, como cestas básicas, colchões, cobertores e kits de limpeza, totalizando um aporte de R$ 125,5 mil. Ainda na região, Tarcísio de Freitas também visitou o bairro Vila Maria Augusta para avaliar os danos causados pelas chuvas na região.
Ainda nesta quinta-feira, o governador paulista fez um sobrevoo sobre uma área de risco de deslizamento de encostas em Ferraz de Vasconcelos.
Mobilidade urbana
A ampliação da malha de transporte metropolitano sobre trilhos também esteve em pauta. O governador Tarcísio de Freitas falou que uma das prioridades será ampliar a rede para cidades da Região Metropolitana de São Paulo, como Guarulhos, Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul.
“Queremos levar o metrô para Guarulhos e para a região do ABC. É importante começar a tirar o metrô da cidade de São Paulo e levar para a Região Metropolitana. São investimentos pesados, investimentos que levam tempo, mas temos que dar os primeiros passos”, destacou.
A Linha 19-Celeste, que atenderá Guarulhos, foi incluída no pacote de projetos qualificados no âmbito do Programa de Parcerias de Investimentos de São Paulo (PPI-SP) nesta semana.
Além disso, o governador paulista falou sobre o andamento do projeto de construção do Trevo Bonsucesso, também em Guarulhos. Ele relatou que as obras poderão ser iniciadas uma vez que o projeto passe pela fase de acreditação. “Tão logo essa acreditação termine, a obra vai poder começar. O Trevo de Bonsucesso, em breve, vai ser uma realidade. Estamos bastante empenhados nisso.”