O Centro de Equoterapia, projeto que visa melhorar a qualidade de vida de pessoas com deficiência através de tratamento terapêutico gratuito para melhorar a coordenação motora e a interação social dos pacientes, está localizado no Regimento de Polícia Montada da Polícia Militar, no Riacho Fundo.

Em parceria com a Secretaria de Educação, a PMDF promove uma iniciativa que atende, por até dois anos, 120 pessoas com deficiência a partir dos 3 anos de idade, por meio do Centro de Equoterapia. Do total de vagas, 60% são reservadas para alunos da rede pública, 30% são destinadas a dependentes de policiais militares e o restante fica disponível para a comunidade em geral.

O projeto atende pacientes com diferentes diagnósticos, incluindo síndromes raras, síndrome de Down, transtorno do espectro autista, paralisia cerebral, AVC e esclerose múltipla. Para participar, é necessário obter um encaminhamento médico e entrar na fila de espera até ser convocado.

Após ser convocado, o paciente passa por uma avaliação do caso clínico para que o tratamento possa ser iniciado. Durante as sessões semanais de 30 minutos, o paciente é auxiliado por professores e policiais enquanto circula em cima do cavalo dentro de um galpão fechado, conhecido como picadeiro, realizando atividades para o desenvolvimento motor.

A interação com o cavalo é a principal responsável pelos benefícios da equoterapia. “A gente tá num ambiente muito rico de estimulação sensorial. O cavalo tem temperatura, textura e cheiro”, afirma a coordenadora pedagógica do Centro de Equoterapia da PM, a professora da Secretaria de Educação e fisioterapeuta Andrea Gomes Moraes. “O cavalo nos movimenta e tira a gente do nosso centro de massa a todo instante, fazendo com que o nosso equilíbrio postural melhore”, completa.

Durante o circuito com o cavalo, os pacientes com dificuldade motora são estimulados a se movimentarem por meio do animal. “O cavalo inicia o movimento e isso faz com que o cérebro processe a informação e envie uma resposta motora. É uma estimulação que trabalha tanto os órgãos do sentido, quanto o sistema sensorial”, acrescenta. Além disso, a terapia ajuda nas questões emocionais, empoderando o paciente e fazendo com que ele interaja com o animal.

O projeto é conduzido por 15 policiais e até oito servidores cedidos pela Secretaria de Educação. Além disso, 12 cavalos da Polícia Montada são reservados exclusivamente para a terapia, que ocorre de terça a sexta-feira, das 7h às 13h e das 13h às 19h.

“Os animais que a gente utiliza na equoterapia são os mais mansos e dóceis, com temperamento favorável para o tratamento, assim como o porte”, explica o comandante do 3ª Esquadrão, capitão Rafael Monção. Antes de serem encaminhados para a terapia, os cavalos passam pelo policiamento e pela escolinha de equitação.