Presidiário comandava, do Maranhão, ataques a caixas eletrônicos no DF

Cumprindo pena no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, Romário de Moura chefiava organização criminosa que arrombou terminais na capital

Encarcerado no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, no Maranhão, um detento ordenou uma série de arrombamentos a caixas eletrônicos no Distrito Federal. Investigação coordenada pela Divisão de Repressão a Furtos (DRF) identificou a presença de uma organização criminosa comandada por Romário Carvalho de Moura, que cumpre pena de 20 anos no presídio maranhense, justamente por explodir terminais bancários.

As apurações apontam que o bando se especializou em ataques usando maçaricos para abrir o cofre dos caixas. Entre outros crimes, a quadrilha teria participado do ataque ao caixa eletrônico instalado na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), ocorrido na Asa Norte em 6 de junho deste ano, e do arrombamento do terminal que fica no Centro de Saúde nº 3 do Riacho Fundo.

Romário cumpre pena no Maranhão e será recambiado para o DF

A Operação Torch foi deflagrada em sigilo para prender os integrantes da organização criminosa no DF e em Tocantins. A ação também mirou o líder do grupo, que será recambiado do Maranhão para o Distrito Federal. De acordo com as investigações, o presidiário repassava todas as informações para os outros membros da quadrilha, inclusive lhes ensinando como manusear o maçarico e em que pontos do caixa eletrônico a ferramenta deveria ser usada.

A investigação ainda demonstrou que Romário e Diego estavam aliados a Herica de Santana e Luciana Alves de Sousa, suas respectivas esposas. “Herica é quem repassava as ordens do marido, líder preso da organização criminosa. Cabia a ela também a transferência de valores utilizados na aquisição de material de arrombamento”, afirmou o diretor da DRF, delegado Fernando Cocito.

Ainda segundo o policial, Luciana era a ponte entre Diego e Romário. “Ela não apenas sabia das empreitadas como também ajudava na preparação, inclusive recebendo e guardando peças de maçarico”, explicou o diretor da DRF.

“Normalmente, os ataques com maçaricos são realizados em Brasília por sujeitos de outros estados, principalmente do Sul do país, mas aqui identificamos delinquentes locais que recebiam apoio logístico e intelectual de criminosos de Tocantins e Maranhão”, acrescentou Fernando Cocito.

Informações do Portal Metrópoles