O ministro da Educação, Abraham Weintraub, concedeu honraria ao capitão da Polícia Militar de Goiás (PMGO) Fabiano Borba nesta terça-feira (17/09/2019). O PM foi o responsável por prender Anderson da Silva Leite Monteiro, 18 anos, assassino confesso do professor e coordenador pedagógico Bruno Pires de Oliveira (foto em destaque), 41. O crime ocorreu em 30 de agosto na Colégio Estadual Machado de Assis, em Águas Lindas de Goiás, Entorno do Distrito Federal.
Weintraub publicou vídeo nas redes sociais no qual entrega uma placa e uma bandeira do Brasil ao policial militar. Na gravação, o ministro classifica Monteiro de “monstro” por ter “matado um professor em sala de aula”. O rapaz era aluno da instituição. O titular do MEC classificou o capitão Borba de herói e disse que é “inaceitável o ponto em que a sociedade do Brasil chegou”.
Veja:
O crime
Investigadores da Polícia Civil de Goiás (PCGO) indiciaram Anderson Monteiro por homicídio doloso qualificado por motivo fútil e uso de recurso que impossibilitou a defesa do professor.
Ao Metrópoles, a Prefeitura de Águas Lindas (GO) informou que, desde a tragédia, os docentes colegas de Bruno têm sido assistidos por psicólogos. Os alunos também recebem apoio terapêutico. Segundo o órgão, a escola não deve receber reforço na segurança e policiamento da região.
Prisioneiros não aceitam
Anderson foi preso pela Polícia Militar de Goiás um dia após o assassinato. Ele tentava se esconder em uma fazenda de parentes na cidade de Nova Roma (GO). O estudante chegou a ser encaminhado para cadeia pública de Águas Lindas (GO), mas precisou ser transferido por “não ter sido aceito pelos detentos”. Desde então, o rapaz segue isolado em uma cela do presídio de Valparaíso (GO).
Premeditação
A PCGO acredita que o estudante tenha premeditado o crime. Segundo os investigadores, o jovem teria trocado de faca antes de matar o professor. A revelação derruba a principal linha de defesa do suspeito até o momento: a de que ele queria dar apenas um susto no docente. Anderson Monteiro teria se equipado com a arma branca e seguido para o colégio. Um colega o viu e o desarmou.
Irritado, foi à casa de outro amigo e pediu uma faca emprestada, com o argumento de que precisava fazer um trabalho na roça. Com o instrumento, desferiu um único golpe no abdômen de Bruno. De acordo com o delegado Cléber Junio, da regional de Águas Lindas e titular do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH), tais narrativas indicam premeditação.
“Coisa do capeta”
Dois dias após o crime, ainda em choque, o pai do assassino tentava encontrar explicações para a barbárie cometida pelo filho. “O sentimento que tenho é de que ele foi influenciado. Não sei por quem, mas foi coisa do capeta”, acredita Eduardo Monteiro, 60.
De acordo com o delegado, Anderson confessou a autoria do crime e alegou que queria dar um susto no professor. Com isso, cortou a barriga de Bruno. Porém, a faca acabou perfurando o abdômen da vítima de forma fatal.
Anderson teria dito, ainda, que foi conversar com Bruno Pires e pedir uma chance de ser reintegrado ao programa Mais Educação. Na versão do estudante, o docente teria chamado o jovem de “vacilão”, ocasião em que sacou a faca da cintura e desferiu o golpe contra o educador.
Informações do Portal Metrópoles