Um brasileiro ofendido por conta da cor da pele, na Espanha, durante o exercício da profissão. Poderia ser um dos vários episódios de racismo pelos quais o atacante Vinícius Júnior passou ao longo desta temporada, como o mais recente deles, no duelo contra o Valência, pelo Campeonato Espanhol. Mas a vítima é outra. O esporte também. Trata-se de Yago Mateus, armador da seleção masculina de basquete, que defende o Ratiopharm Ulm, da Alemanha. Em fevereiro, ele foi chamado de “macaco” por uma torcedora, durante um jogo da Euroliga, contra o Joventut Badalona. Em depoimento à Rádio Nacional, Yago recordou o sentimento ao perceber que estava sendo agredido.
Naquela ocasião, Vinícius Júnior foi uma das personalidades que prestou solidariedade a Yago. O próprio atacante já vinha sendo alvo constante de manifestações racistas na Espanha. Após as ofensas sofridas pelo jogador do Real Madrid no último domingo (21), o armador da seleção de basquete publicou um longo texto no Instagram e enalteceu Vini Jr como uma bandeira do combate ao racismo. No depoimento, Yago ressaltou que, hoje, não dá mais para silenciar.
As ofensas contra Yago provocaram reações da Confederação Brasileira de Basquete, da Associação de Jogadores da Euroliga e dos clubes envolvidos. A torcedora flagrada chamando Yago de macaco foi proibida de assistir aos jogos do Joventut no ginásio.
