Até o fim desta semana, Ana Marcela Cunha estará de casa nova. Aos 34 anos, a campeã olímpica de águas abertas trocará a estrutura do Centro de Treinamento do Time Brasil, na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro, pela Itália. A partir de setembro, a nadadora baiana vai morar e treinar no país natal de seu novo treinador, Fabrizio Antonelli. A ideia de mudança, faltando menos de um ano para os Jogos de Paris, na França, partiu dela própria.
A nova parceria começou após Ana Marcela encerrar o trabalho de 10 anos com o técnico Fernando Possenti, ao lado de quem conquistou seis de seus sete ouros em Campeonatos Mundiais, além da medalha dourada na Olimpíada de Tóquio, em 2021. O Mundial deste ano, em Fukuoka, também no Japão, em julho, foi o primeiro evento dela com o treinador italiano. A brasileira havia acabado de retornar às competições, depois de oito meses tratando uma lesão no ombro esquerdo.
Nas águas de Fukuoka, ela foi bronze na prova dos 5 quilômetros, chegando a 16 pódios em Mundiais de águas abertas.
Nos 10 km, que é a distância olímpica, Ana Marcela ficou em quinto lugar. Se tivesse acabado a prova entre as três primeiras, assegurava, por antecipação, um lugar nos Jogos de Paris. A próxima e última chance para se garantir na Olimpíada do ano que vem será em fevereiro, no Mundial de Doha, no Catar. As 13 primeiras se classificam.
Antes do Mundial de Doha, Ana Marcela terá pela frente os Jogos Pan-Americanos de Santiago, no Chile, que começam em outubro, onde defenderá o título conquistado há quatro anos, em Lima, no Peru.