Materiais oficiais da nova lei paulista estão presentes em diversos pontos do festival



O The Town entra em seu segundo final de semana em São Paulo como o primeiro festival a colocar em prática estratégias de combate à violência contra a mulher previstas no protocolo Não se Cale, criado pelo Governo de SP.

Sob coordenação da Secretaria de Políticas para a Mulher, o Não se Cale é o ponto de intersecção entre a política paulista e o maior festival de música, cultura e arte de São Paulo – que nasce neste ano, mas carrega os 40 anos de experiência e estrutura do Rock in Rio, seu “irmão mais velho”.

Cartazes da campanha São Paulo por Todas estão fixados em bares, espaços de alimentação e diversos pontos da Cidade da Música, no Autódromo de Interlagos. Os materiais contêm o QR Code que direciona para o site do protocolo estadual (https://www.mulher.sp.gov.br/naosecale/). 

Além disso, os painéis de LED do espaço do Governo do Estado, pertinho do palco SP Square, estão projetando vídeos da campanha. 

Os materiais ajudam a disseminar o gesto de socorro adotado em São Paulo. Simples, prático e discreto, o sinal é feito com apenas uma mão e três movimentos rápidos: palma aberta para cima, polegar dobrado ao centro e dedos fechados em punho acima do polegar.

O festival conta ainda com o Espaço Plural, lounge montado para disponibilizar apoio físico e psicológico a eventuais vítimas de assédio, importunação e violência.

Os profissionais que atuam no The Town foram orientados pelo Instituto Glória sobre como observar, acolher e apoiar eventuais vítimas. A ONG atua internacionalmente para reduzir e enfrentar a violência contra a mulher.

Nesse sentido, a Secretaria de Segurança Pública também tem policiais femininas de prontidão para casos de violência contra a mulher. 

Não se Cale

O protocolo foi criado pelo Governo de SP e lançado no dia 1º de agosto para reforçar as estratégias de proteção das mulheres em estabelecimentos privados e públicos, padronizando formas de acolhimento e suporte do poder público. 

Conforme a lei, a mulher que precisar de apoio pode pedir ajuda tanto verbalmente quanto por meio do gesto de socorro. Diante da solicitação ou situação suspeita de assédio contra uma mulher, os profissionais capacitados deverão acolher a vítima em espaço reservado e seguro – longe do agressor –, oferecer acompanhamento até o carro da pessoa ou veículo por ela acionado para sair do local. 

Caso haja necessidade, a polícia ou o SAMU poderão ser acionados, respeitando sempre a decisão da mulher. Além desse apoio, é obrigatório fixar os cartazes oficiais sobre a lei em local visível para todos, além dos banheiros destinados ao público feminino.

Fonte: Governo do Estado de São Paulo