A Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (1º), projeto que cria a bancada a ser composta por parlamentares negros.  

A bancada terá direito a usar palavra todas as semanas por cinco minutos, durante o período das Comunicações de Liderança, com o objetivo de expressar a posição dos integrantes. Também poderá participar da reunião de líderes da Casa, com direito a voz e voto. Será formada por um coordenador-geral e três vices-coordenadores.  

Com a aprovação, a proposta irá para a promulgação.  

“Nada mais justo para um Brasil que não avançou na democracia racial”, disse a deputada federal Talíria Petrone (PSOL-RJ), autora do Projeto de Resolução 116/23 junto com o deputado Damião Feliciano (União-PB).

Brasília (DF), 01.11.2023 – Plenário da Cãmara aprova criação da bancada negra na Câmara. Benedita da Silva (PT-RJ). .  Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
Brasília (DF), 01.11.2023 – Plenário da Cãmara aprova criação da bancada negra na Câmara. Benedita da Silva (PT-RJ). .  Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

Para a deputada Benedita da Silva, do PT do Rio, criação da bancada negra é um reconhecimento histórico – Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

 

Para a deputada Benedita da Silva (PT-RJ), a criação da bancada é um reconhecimento histórico. “Neste momento, me sinto recompensada. Agora tenho uma bancada, que vai dar continuidade a uma luta.” 

De acordo com o relator do projeto, Antonio Brito (PSD-BA), dos 513 deputados, 31 se declaram pretos e 91, pardos. Desta forma, a bancada negra irá representar 24% dos deputados federais, “revelando-se incontroversa a legitimidade de sua criação”.

O relator acrescentou que a bancada não significará custo adicional para a Câmara, por não demandar cargos, salas ou assessoria.  

*Com informações da Agência de Notícias da Câmara dos Deputados