O ruído está presente em nosso dia a dia. A exposição contínua, desejável ou não, pode acarretar em perda auditiva induzida por ruído (Pair), caracterizada pela diminuição gradual da sensibilidade auditiva. O ambiente de trabalho do musicista, que conta com ruídos intensos e exposição contínua, oferece grande risco à saúde.

O Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), em parceria com a Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília (UnB), promoveu, nesta semana, palestras sobre cuidados com os ouvidos e com a audição no Centro de Educação Profissional – Escola de Música de Brasília (CEP-EMB).

A professora de musicalização infantil Patrícia Tavares fez questão de levar os alunos para a atividade. Para ela, a curiosidade dos “pequenos músicos” demonstrou que eles sabem desde já a importância de “aprender a ouvir”. “A audição é uma ferramenta fundamental para o músico. É preciso adquirir consciência desta ferramenta e ser capaz de prevenir possíveis lesões”, orienta a professora.

Prevenção e parceria

O Cerest, que integra a Diretoria de Saúde do Trabalhador (Disat), tem como missão promover ações para melhorar ambientes, processos e condições de trabalho, por intermédio de ações de promoção, prevenção, proteção e Vigilância em Saúde do Trabalhador (Visat).

A Pair é o agravo mais frequente à saúde dos trabalhadores, estando presente em diversos ramos de atividade. “A gente fala que este é um ‘agravo silencioso’, que acontece gradualmente e que os profissionais muitas vezes não percebem que pode estar relacionado ao ambiente de trabalho. Por isso, nossa parceria com o CEP-EMB tem como foco a prevenção”, explica a diretora de Saúde do Trabalhador da SES-DF, Elaine Morelo.

As atividades educativas desta semana fizeram alusão ao Dia Mundial da Audição, celebrado em 3 de março. Na terça-feira (26), estiveram no palco da Escola de Música os integrantes do projeto de extensão Saúde do Trabalho – Atuação, Educação, Ação da UnB.

“Por meio dos alunos nós buscamos somar forças e multiplicar a capacidade de ação relacionada à saúde do trabalhador no DF”, garante a coordenadora do projeto e professora do curso de fonoaudiologia, Thais de Oliveira.

*Com informações da Secretaria de Saúde

Fonte: Agência Brasília