Em uma entrevista recente ao canal Zona Mista, Paulo Carneiro, ex-presidente do Esporte Clube Vitória, causou um grande alvoroço ao afirmar ter fraudado um exame antidoping de um jogador durante sua gestão. Carneiro, que presidiu o clube baiano em duas ocasiões distintas – de 1991 a 2000 e posteriormente a partir de 2019 – também revelou ter tomado medidas legais contra a Globo e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
Durante a transmissão ao vivo, o dirigente solicitou que a gravação fosse interrompida após ter sido alertado de que estava revelando informações sigilosas. “Eu subi a escada atrás de Matuzalém, que o cínico era o Matuzalém, vagabundo. Já troquei até urina para salvar o doping dele, que ele era maconheiro”, declarou Carneiro, em referência a um jogador que passou pelas categorias de base do Vitória e teve passagens por clubes europeus como Napoli, Parma, Bologna, Genoa, Lazio e Shakhtar Donetsk.
Além das revelações controversas sobre doping, Carneiro mencionou ter contratado um desembargador e entrado com ações legais contra a CBF e a Globo, adicionando um novo capítulo à sua tumultuada relação com o futebol brasileiro.
Seu retorno ao cargo em 2019 foi marcado por turbulências, culminando em sua destituição em 2022, após o Conselho Deliberativo do Vitória acatar a recomendação da Comissão de Ética do clube, que apontou indícios de gestão temerária por parte do dirigente.
O impacto das revelações de Carneiro promete repercutir no cenário esportivo e jurídico, levantando questões sobre ética no esporte e responsabilidade legal.