Vicente Santini conseguiu um feito: ser demitido duas vezes na mesma semana pelo presidente Bolsonaro

Foto: Sérgio Lima/Poder360

Vicente Santini conseguiu um feito: ser demitido duas vezes na mesma semana pelo presidente da republica. O presidente Jair Bolsonaro anunciou, nesta quinta-feira (30/1), que vai tornar sem efeito a nomeação do ex-secretario-executivo da pasta, Vicente Santini, que, na quarta-feira (29/1), foi nomeado como assessor especial da Secretaria Especial de Relacionamento Externo da Casa Civil. Além disso, disse que vai transferir o Programa de Parceria de Investimentos (PPI) da Casa Civil para o Ministério da Economia.

É a segunda exoneração de Santini nesta semana. Ele foi exonerado pela primeira vez por Bolsonaro do na quarta-feira (29/1). O presidente não gostou de ele ter usado um voo da Força Aérea Brasileira (FAB) para viajar a Suíça e Índia. Horas depois, ainda na quarta, Santini foi nomeado novamente para outro cargo na Casa Civil, como assessor especial da Secretaria Especial de Relacionamento Externo da Casa Civil. A nomeação gerou grande repercussão. Agora o presidente diz que dispensará o servidor também dessa nova função. Outra medida será revogar a nomeação de Fernando Moura, promovido de adjunto da Secretaria Executiva para a titularidade.

No cargo de número 2 da Casa Civil, de natureza especial, Santini recebia um salário bruto de R$ 17.327,65 mensais. No novo cargo, de categoria DAS 102.6, a remuneração prevista seria de R$ 16.944,90 (R$ 382,75 a menos).

ESVAZIAMENTO DA CASA CIVIL

Acertada a decisão do presidente Bolsonaro, que de quebra, ainda reduziu os poderes do todo poderoso ministro da Casa Civil, agora Bolsonaro afirmou que vai transferir o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) da Casa Civil para o Ministério da Economia.

As mudanças anunciadas por Bolsonaro representam um nítido esvaziamento de Lorenzoni. Em 2019, ele havia perdido o comando da Subchefia de Assuntos Jurídicos (SAJ), que foi para a Secretaria-Geral, chefiada pelo ministro-chefe Jorge Oliveira. Também perdeu a estrutura de articulação política, que foi para a Secretaria de Governo, chefiada pelo ministro-chefe Luiz Eduardo Ramos.

Sem o PPI, programa que discute os programas de privatizações do governo, sobra a Lorenzoni a chefia da coordenação de governo. Trata-se da articulação das políticas públicas interministeriais, um cargo tradicionalmente da Casa Civil. Contudo, ao tornar sem efeito as nomeações anunciadas pela pasta, o presidente dá sinais de enfraquecimento do titular da pasta.

Da redação do Policiamento Inteligente