O tema segurança pública está presente na maioria dos discursos políticos, mas na prática não se efetiva. Os interesses de grupos existentes nos “bastidores” falam mais alto.
Nos últimos anos os projetos nessa área sempre tiveram objetivos “obscuros”, visaram sempre o interesse particular de grupos ligados a segurança privada. Sou um defensor do monópolio do uso da força pelo Estado. Sou contrário a privatização da segurança pública.
É triste ver um projeto de postos comunitários criado com o objetivo de beneficiar empresas localizadas na ADE de Águas Claras. É triste ver o discurso político de partidos ligados a um ex-governador, com candidatos donos de empresas de vigilância, falando em substituir policiais por vigilantes nos postos. É louvável a substituição, se fosse feita por outra força estatal, quiça a Guarda Distrital.
Em Brasília criam-se projetos sabendo quem são os beneficiários, normalmente deputados distritais, donos de empresas de determinados seguimentos. Recentemente, “criaram” a necessidade de vigilantes na escolas, em substituição aos vigias da antiga Fundação Educacional. Quem foi o maior beneficiado? Todos sabemos, pois ele foi ex-presidente da Câmara Distrital e renunciou ao mandato. Nem falarei de projetos na área ambiental (lixo)…
Tivemos representantes, parlamentares, que elaboraram projetos para a colocação de câmeras, também nas escolas. Quem seriam os beneficiados?
Não estou criticando tais projetos. Critico a transparência na condução do processo. Precisamos moralizar nossa cidade. Focar no cidadão. Devolver o monopólio do uso da força ao Estado. Dizer não a privatização da segurança pública em nossa cidade!
Precisamos de projetos sérios que beneficiem as comunidades. O repasse de verbas para essas empresas é altissímo. É preciso repensar esse modelo de privatização da segurança pública.
Quando se fala em postos policiais, sou enfático. São importantes devido a OCUPAÇÃO TERRITORIAL, é diminuindo o espaço de atuação dos criminosos que iremos coibir o crime. O Estado deve se fazer presente.
Hoje, tornaram-se um grande abacaxi para os próximos governos, mas o investimento feito não deve escorrer pelo ralo. É dinheiro público, do contribuinte. Será devolvido, caso abondonem, tal projeto? É necessário aperfeiçoá-lo de maneira que atenda aos anseios da comunidade.
A alternativa viável é o Termo Circunstânciado, o que gera insatisfação em uma parcela de policiais que preferem o ócio. Sou prático nesse sentido. O sistema tem que funcionar, não ser um grande teatro, um faz de conta. Uns fingem que estão pagando, outros que estão trabalhando!
Precisamos pensar e respirar segurança pública em nossa cidade, caso contrário, sofreremos as consequências em um futuro não tão longínquo.
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