Quem acompanha o SD Gabriel Monteiro da Polícia Militar do Rio de Janeiro nas redes sociais tem várias opiniões sobre ele, umas boas, outras ruins, mas uma coisa é certa: ele ainda é policial militar e merece se protegido neste momento. Não há dúvidas de que o que ele faz incomoda tanto a policiais quanto a bandidos e muito mais aos policias bandidos infiltrados nas Corporações.
Quem conhece as Corporações militares também sabe que figuras como ele são perseguidas de fato, etiquetadas e expulsas das corporações como seres “subversivos”, “indisciplinados” e “fora do perfil”. É notório que no próprio perfil da Corporação nas redes sociais já tentam fazer.
O interessante é tudo isso acontecer nos governos que ele ajudou a eleger e que tanto defende, tanto o Estadual, que já lavou as mãos, quanto o Federal que até o momento não se pronunciou.
A história é cíclica, certeza que fatos assim acontecem com vários policiais militares por todo o país. O caso dele ganha maior repercussão por causa de sua influência nas redes sociais. É óbvio que responder 70 procedimentos neste período é perseguição, ainda mais sendo punido “apenas” em 16 deles. Muitas das vezes a violência institucional procura legitimar suas ações por meio de atos imorais que podem se tornar legais.
Gabriel Monteiro é um jovem policial, com aproximadamente 5 anos de corporação. É militante político, cristão, declaradamente de direita. Atualmente assessor parlamentar no legislativo local. Ele possivelmente chegou a acreditar que é possível mudar o sistema, mas a cúpula da corporação está mostrando para ele como o sistema funciona e como ele é imutável.
Segundo Gabriel Monteiro, a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro “mente em seu perfil oficial”.
Tudo começou a piorar na vida do Soldado Gabriel Monteiro quando ele acusou, sem provas robustas um coronel da PM do Rio de Janeiro de possíveis ligações com o Comando Vermelho da Maré. Vítima da “denúncia” sem provas de Gabriel Monteiro, o coronel Ibis é reformado, é ex-comandante geral da Corporação do Rio de Janeiro e conhecido por sua ligação com o PSOL. Já fez parte da equipe de Marcelo Freixo em campanhas eleitorais e é um defensor dos direitos humanos reconhecido por especialistas em segurança pública de todo o Brasil. Um de seus trabalhos sociais é feito em parceria com várias ONGs da Favela da Maré.
Em um de seus inúmeros vídeos, o Soldado Gabriel Monteiro pergunta ao coronel como ele conseguia entrar na favela sem ser atacado por criminosos. O coronel Ibis, então, tenta argumentar e explica que ia conversar com jovens na sala de aula. Nesse momento, o PM youtuber rebate: “Coronel, vagabundo não fica na sala de aula”. O fato virou procedimento administrativo que teve consequência a retirada do porte de arma do policial e sua possível expulsão da corporação.
Mesmo diante de tanta turbulência o major Enoque Rafael, pastor e capelão da Polícia Militar do Rio de Janeiro, se manifestou neste sábado (7) sobre o caso Gabriel Monteiro segundo site o Plenonews. Como ele mesmo afirma, “colocando o dele na reta”.
O Capelão demonstrou solidariedade aos pedidos de ajuda do soldado e youtuber, que perdeu seu direito ao porte de armas por decisão da PM, após ser submetido à comissão de revisão disciplinar.
O pastor afirma que que nem tudo que Gabriel publica ele concorda, mas já é hora de alguém ajudar o militar, que tem feito vários pedidos por temer por sua segurança. O capelão também ofereceu apoio e orações a Gabriel.
– Ele disse que está sendo ameaçado de morte. Agora, eu não vou fazer nada? A pessoa está sendo ameaçada de morte, não importa por qual motivo seja, eu vou socorrer! – declarou o capelão.
Independente de gostar ou não deste policial militar algo precisa ser feito. Irão deixá-lo morrer, ou ter problemas psicológicos para agir? É pressão demais para alguém tão jovem e “imaturo” institucionalmente falando. #somostodosgabrielmonteiro
Da redação do Policiamento Inteligente com informações do Site PlenoNews