Segundo matéria do Jornalista do Portal Metrópoles, Suzano Almeida, a criação da Guarda Civil Distrital enfrenta resistência na CLDF, em especial, por parlamentares chamados nos corredores do Palácio do Buriti de “Bancada da Bala da CLDF”, em alusão a congressistas que têm ligação com a área de segurança pública. Entre eles, há deputados que fizeram carreira na segurança pública, ex-sindicalistas e distritais ligados ao setor de serviços de vigilância terceirizada.
Compõem essa bancada informal Chico Vigilante (PT), representante dos trabalhadores da vigilância patrimonial; os militares Hermeto (MDB) e Roosevelt Vilela (PSB), da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, respectivamente; Claudio Abrantes (PDT) e Reginaldo Sardinha (Avante), ambos dos quadros da Polícia Civil; e os ex-empresários José Gomes (PSB), Eduardo Pedrosa (PTC) e Robério Negreiros (PSD), além do presidente da Câmara Legislativa, Rafael Prudente (MDB). Desses, apenas Abrantes diz ser favorável à proposta.
A ideia do GDF é que a nova corporação tenha, inicialmente, 2 mil cargos efetivos e seja subordinada à Secretaria de Segurança Pública. Os vencimentos variam de R$ 2,5 mil a R$ 6,3 mil, no fim da carreira.
A matéria ainda não chegou na Câmara Legislativa, pois ainda passa por ajustes na Secretária de Segurança Pública, mas a vida do Governador Ibaneis Rocha não será fácil para aprovar o projeto, pois o presidente da Casa avisa que não quer votação a toque de caixa sem ampla discussão da sociedade.
“Vou esperar para ler a proposta do governo, mas, de antemão, vou marcar uma audiência pública com o governo, a Secretaria de Segurança, os empresários e os trabalhadores da vigilância para saber o que cada um pensa”, anunciou Rafael Prudente.
Outro que também se posicionou foi o deputado Robério Negreiros, ele disse que ainda precisa analisar o projeto, mas pretende pedir a retirada da proposta caso ela gere desemprego.
“Caso tenha qualquer dispositivo que ameace a categoria dos vigilantes no sentido de gerar desemprego, lutarei para retirar do texto. Ressalto que há lei federal vigente que rege a categoria que cuida da proteção de bens patrimoniais e a incolumidade física das pessoas em órgãos públicos e privados”, advertiu.
Para o secretário de Relações Parlamentares, Bispo Renato Andrade, a divergência é causada pelo “desconhecimento” da matéria, pois ela ainda nem chegou para análise.
“Não tem como os deputados serem contra o que ainda não existe. Eles precisam antes conhecer as razões do projeto. Aí sim, poderão ser contrários ou a favor. O que o povo do Distrito Federal quer é segurança”, ponderou.
Da redação do Policiamento Inteligente com informações do Portal Metrópoles
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